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10/06/2024 às 19:05 • Atualizada em 10/06/2024 às 21:36 - há XX semanas | Autor: Tallita Lopes

Cedoc inicia participação na Semana Nacional de Arquivos

Com pesquisadores, o primeiro dia de atividades foi dedicado à pesquisa acadêmica e memória da comunicação

A atividade prossegue nesta terça-feira, 11, com um grupo de convidados das comunidades dos terreiros de matrizes africanas de Salvador e Lauro de Freitas
A atividade prossegue nesta terça-feira, 11, com um grupo de convidados das comunidades dos terreiros de matrizes africanas de Salvador e Lauro de Freitas -

Um evento ocorrido na sede do Grupo A TARDE iniciou, nesta segunda-feira, 10, a programação da participação do Centro de Documentação A TARDE (Cedoc) na 8ª Semana Nacional de Arquivos, que tem como tema “Arquivos Acessíveis. É a primeira vez que uma empresa de mídia, com plataformas em atividade, adere à ação do Arquivo Nacional na condição de guardiã de acervos de memória.

Com o tema “O Cedoc como fonte de pesquisa acadêmica”, o primeiro dia de atividades recebeu pesquisadoras e pesquisadores da Universidade Federal da Bahia – Faculdade de Comunicação e Faculdade de Arquitetura-; Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Associação Baiana de Imprensa (ABI), Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB) e Rede de Historiadorxs Negrxs e Wiki Movimento Brasil. A atividade prossegue nesta terça-feira, 11, com um grupo de convidados das comunidades dos terreiros de matrizes africanas de Salvador e Lauro de Freitas.

Ricardo Nogueira, representante do IGHB, parabenizou o Grupo A TARDE pela iniciativa de zelar pela memória histórica. "Como representante do IGHB, que tem justamente essa missão institucional de preservar a história, nós ficamos gratos por ver a dedicação da empresa a esta causa. Nós, no IGHB, temos uma hemeroteca com jornais desde 1852 e conhecemos bem as dificuldades de preservação, digitalização e disponibilização desses materiais para pesquisadores. Quando vemos A TARDE realizando esse trabalho entendemos que, apesar de ser uma empresa privada, ela está observando a dimensão social que isso tem," completou.

O evento contou com uma apresentação sobre o Cedoc A TARDE, inclusive os serviços que são oferecidos, como foi destacado por Valdir Ferreira, arquivista da unidade. Ferreira está no Cedoc desde a sua fundação em 1978. “Fiz um curso de auxiliar de arquivo. Daí comecei a me especializar e gostar do serviço. Ocorreram várias mudanças. A tecnologia ajuda muito, mas não podemos dispensar a parte analógica. É necessário, por exemplo, manter os fichários como suporte para o complemento a uma consulta. O Cedoc A TARDE é de extrema importância para a preservação do acervo da memória e da história do jornalismo da Bahia. Costumo dizer que no Cedoc A TARDE a gente conhece o mundo”, completa. Em seguida, o grupo foi levado para visitar o Cedoc e outros espaços de memória do Grupo A TARDE.

Relevância

Joseanne Guedes, representante da comunicação da Associação Baiana de Imprensa (ABI), destacou a relevância do trabalho de A TARDE na preservação da memória. "É da maior importância, porque nós da ABI valorizamos muito a questão da memória. A ABI é uma instituição de memória. Nós possuímos acervos diversos, desde bibliotecas pessoais de figuras como Rui Barbosa, o Águia de Haia, até bibliotecas pessoais e arquivos de pessoas como Walter da Silveira, ícone do cinema baiano. Reconhecemos muito a importância de trabalhar com acervos e patrimônio histórico e por isso ficamos muito gratos ao Grupo A TARDE pelo convite para visitar o Cedoc, reconhecendo a importância dos acervos”, disse.

Para a professora da Faculdade de Comunicação da Ufba (Facom) e coordenadora do Grupo de Pesquisa em Jornalismo Online (GJOL) Suzana Barbosa, ter uma iniciativa dessa relevância é uma convocação para a sociedade entender a importância da memória e compreender o lugar do jornalismo nas sociedades democráticas.

Inovação

Suzana Barbosa destacou a visão inovadora de Ernesto Simões (1886-1957), fundador de A TARDE. "Ernesto Simões era um visionário, pioneiro e inovador, que percebeu a importância da vinculação de A TARDE com a sua comunidade. Ele liderou e impulsionou muitas campanhas que impactavam diretamente a vida dos baianos e soteropolitanos," analisou.

Com uma coleção que impressiona, o Cedoc tem sido um espaço para pesquisas acadêmicas como a do professor da Uneb, Marielson Carvalho. Ele tem uma experiência com acervo do Cedoc para a realização dos seus trabalhos sobre Dorival Caymmi, como os livros Acontece que eu sou baiano: Identidade e memória cultural no cancioneiro de Dorival Caymmi e Caymmianos: Personagens das Canções de Dorival Caymmi.

“Nós temos aqui um arquivo de inúmeras possibilidades de pesquisa e assuntos que nesses mais de 100 anos de A TARDE se transformaram em registro. Para a memória da Bahia é muito importante que pesquisadores possam ter acesso a esse acervo”, disse o professor Marielson Carvalho.

Marcos Queiroz, professor e pesquisador da Faculdade de Arquitetura da UFBA, destacou a importância do Cedoc para a pesquisa multidisciplinar. "Pela diversidade esses conteúdos são de interesse multidisciplinar. Há informações que estão perdidas, esquecidas ou até adormecidas precisando ser acordadas para que todo mundo possa ter acesso. Esse acervo estar aberto para o público é de fundamental importância", avalia.

Diana Souza da Rede de Historiadorxs Negrxs e do Wiki Movimento Brasil apontou a importância desses arquivos estarem disponíveis de forma acessível para a comunidade acadêmica. "O principal meio de garantir a acessibilidade é a articulação entre instituições, formando parcerias que possam assegurar o compartilhamento do conhecimento de forma livre e aberta, para que todo cidadão e cidadã tenha seu direito à memória garantido. Essas parcerias tendem a fortalecer a busca e o encontro de soluções inovadoras, permitindo o compartilhamento livre de experiências e a criação de soluções duradouras que não se tornem obsoletas. É crucial garantir o protagonismo social na preservação e produção dessa informação e assegurar políticas públicas capazes de proteger esses acervos," ressalta Diana Souza.

Pioneirismo

A participação do Cedoc A TARDE na Semana Nacional de Arquivos aconteceu a partir de um convite da diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães Pinto. Ela visitou o Cedoc A TARDE, no último dia 3 e conferiu a diversidade do acervo. Dar destaque a arquivos acessíveis foi o tema central da Semana Nacional de Arquivos na edição deste ano.

“Em sintonia com as preocupações do Conselho Internacional de Arquivos, lançamos algumas provocações que poderão ecoar para além do período da 8ª SNA. São indagações como: Os arquivos refletem adequadamente a diversidade das pessoas e das culturas que formam a nossa sociedade? Como está a sensibilidade dos arquivos para o enfrentamento ao capacitismo e a outras práticas discriminatórias em suas atividades cotidianas? Qual o impacto das linguagens e dos conceitos utilizados na descrição e na organização dos documentos para o reconhecimento da diversidade e a promoção da equidade e da cidadania? Quais as potencialidades e os limites do uso da tecnologia como ferramenta para democratizar o acesso à informação?”, aponta a diretora geral.

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