INOVAÇÃO
HGCA realiza pela 1ª vez cirurgia neurológica com paciente acordada
Cerca de 12 pessoas, incluindo médicos, enfermeiros e neurofisiologistas, trabalharam em conjunto
Por Da Redação

Uma intervenção cirúrgica de alta complexidade e pioneira foi adotada, pela primeira vez, por profissionais do Hospital geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, no Centro Norte baiano, esta semana. A solução inovadora escolhida foi a realização de uma cirurgia em que a paciente permaneceu acordada.
Moradora da cidade, a paciente de 24 anos, tinha um tumor cerebral de 8 centímetros de diâmetro, que ocupava uma área importante do cérebro, responsável pela motricidade, ou seja, sem a cirurgia ela poderia ter o comprometimento de seus movimentos.
A abordagem cirúrgica adotada permitiu que uma equipe médica monitorasse continuamente a paciente, garantindo que a área vital do cérebro não fosse prejudicada. “Durante o procedimento, conversamos com a paciente e ela respondia as perguntas, fazia contas simples e interagia com a equipe médica. A anestesia utilizada foi projetada de forma que o paciente não sentisse dor e pudesse colaborar com a equipe. À medida que o tumor era retirado, ela lia, conversava e até mesmo olhava imagens em um tablete”, afirmou o médico.

O coordenador da neurocirurgia do Hospital Clériston Andrade, Márcio Brandão, explicou sobre a complexidade do caso e completou. "Essa localização do tumor, se fosse operada pelas técnicas normais, poderia causar danos e/ou um déficit significativo, inclusive com sequelas. Ela poderia ficar com o lado do corpo paralisado , com dificuldades para falar."
Essa foi a primeira vez que a unidade de saúde utilizou a técnica, que está sendo novidade na Bahia. No total, cerca de 12 pessoas, incluindo médicos, enfermeiros e neurofisiologistas, trabalharam em conjunto.
Diante do sucesso do resultado, o coordenador da neurocirurgia expressou sua satisfação. "Eu fico feliz pelo resultado, fico feliz pela paciente e esse foi um procedimento iniciado aqui no Clériston que nós agora, depois da primeira vez, teremos mais facilidade para poder executar outros do mesmo tipo. Esta cirurgia não apenas salvou uma vida, mas também distribuiu um novo padrão de atendimento médico no Hospital Clériston Andrade, abrindo caminho para futuras intervenções bem-sucedidas”concluiu.
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