TRÁFICO INTERNACIONAL
Irmãos comandavam esquema milionário de tráfico de DMT; saiba quem são
A operação, batizada de "Roots", ocorreu nos municípios de Conceição do Coité (BA), Serrinha (BA), Navegantes (SC) e Buri (SP)
Por Luan Julião e Leo Moreira
Dois irmãos foram presos nesta quinta-feira (10) durante uma operação da Polícia Federal (PF) que desmantelou um esquema internacional de tráfico de DMT (dimetiltriptamina), substância psicodélica extraída da planta Jurema Preta. A operação, batizada de "Roots", ocorreu nos municípios de Conceição do Coité (BA), Serrinha (BA), Navegantes (SC) e Buri (SP).
Fred Lima Nunes foi preso em Conceição do Coité, na Bahia, enquanto seu irmão, Kaio Lima Nunes, foi detido em Navegantes, Santa Catarina, conforme informações de uma fonte da Polícia Federal ligada à reportagem do Portal A TARDE.
Leia também:
>> "Cupins e formigas", diz homem resgatado em fazenda do cantor Leonardo
>> Suspeito de estupro é preso após agredir idosa em divisa na Bahia
>> Unicef aponta que uma a cada oito mulheres são agredidas sexualmente
A investigação da PF teve início em 26 de dezembro de 2022, após a apreensão de 70,3 quilos de DMT, 198 gramas de mescalina e 358 gramas de maconha em São Miguel, no Chile. O responsável pelo recebimento da carga ilegal foi preso na ocasião, e a origem dos entorpecentes chamou a atenção das autoridades.
A empresa exportadora, sediada no Brasil, havia declarado que o envio consistia no extrato da raiz de mimosa acácia. No entanto, as investigações revelaram que, na verdade, tratava-se de mimosa hostilis, popularmente conhecida como Jurema Preta, uma planta nativa do semiárido brasileiro cujas raízes contêm altos teores de DMT.
A Jurema Preta tem um histórico de uso tradicional por povos indígenas da América do Sul, sendo o princípio ativo da ayahuasca, utilizada em rituais religiosos. Contudo, o grupo investigado utilizava a planta para fins ilícitos, envolvendo o tráfico internacional de substâncias proibidas.
O esquema tinha como alvo, além do Chile, outros países como Bulgária, Canadá e Argentina. A droga era exportada com a intenção de burlar as normas de fiscalização, visto que a mimosa hostilis é controlada por órgãos reguladores em diversas nações.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes