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OPERAÇÃO KARIRI

Justiça acata denúncia e seis da mesma família viram réus por tráfico

Grupo, que atuava em Feira de Santana, foi preso em fevereiro durante operação da Polícia Federal.

Por Gabriel Gonçalves

19/03/2024 - 16:03 h
Segundo MP-BA, investigações apontaram que grupo atuava há décadas com o tráfico de drogas e migraram do sertão pernambucano para a cidade de Feira de Santana
Segundo MP-BA, investigações apontaram que grupo atuava há décadas com o tráfico de drogas e migraram do sertão pernambucano para a cidade de Feira de Santana -
Grupo foi preso em fevereiro deste ano, durante operação da Polícia Federal
Grupo foi preso em fevereiro deste ano, durante operação da Polícia Federal | Foto: Foto: Divulgação

Seis pessoas presas durante a Operação Kariri, deflagrada pela Polícia Federal em 21 de fevereiro, contra organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro na cidade de Feira de Santana, viraram réus, após a Justiça acatar denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA). A informação foi divulgada no fim da manhã desta terça-feira, 19, pelo MP-BA.

De acordo com a entidade, todos os seis réus são da mesma família. Além deles, um homem identificado como Rener Manoel Umbuzeiro, apontado como chefe da organização, morreu em troca de tiros com as autoridades, durante a operação em fevereiro.

Através de nota, o MP-BA destacou que a Justiça acatou as denúncias contra Niedja Maria Lima Umbuzeiro (esposa de Rener), Larissa Gabriela Lima Umbuzeiro (filha de Rener), Clênia Maria Lima Bernardes (irmã de Niedja), Paulo Victor Bezerra Lima (marido de Larissa), Gabriela Raizila Lima de Souza (sobrinha de Niedja) e Robélia Rezende de Souza.

Uma das denunciadas, Larissa Gabriela Lima Umbuzeiro, é médica esteticista e atendia na cidade de São Paulo, SP.

Ainda de acordo com o MP-BA, as investigações apontaram que o grupo atuava há décadas com o tráfico de drogas e migraram do sertão pernambucano para a cidade de Feira de Santana, com o intuito de abastecer o mercado baiano e ocultar o patrimônio obtido com a prática criminosa.

As investigações apontaram ainda que o lucro auferido pela organização criminosa era revertido na compra de bens imóveis de alto poder aquisitivo, beneficiando toda a família e seus parentes próximos, que forneciam contas bancárias para tentar ocultar o rastreio do dinheiro pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). No total, ainda segundo o MP-BA, foram identificadas cinco fazendas pertencentes a Rener Manoel Umbuzeiro, mas que constam em nome de terceiros.

Conforme a denúncia do MP-BA, a esposa (Niedja) e a filha (Larissa) de Rener Umbuzeiro eram as chefes do núcleo financeiro e responsáveis gestão e fluxo dos ativos ilícitos, organizando a ocultação e dissimulação patrimonial, sendo que Larissa coordenava todo o processo de lavagem de dinheiro. Já Paulo Victor (esposo de Larissa), Gabriela Raizila (sobrinha de Niedja), Clênia Bernardes (irmã de Niedja) e Robélia Rezende faziam parte do núcleo de ocultação e dissimulação patrimonial, funcionado como laranjas para que organização criminosa registrasse bens ou movimentasse dinheiro sem ser identificada.

Operação Kariri

Segundo MP-BA, investigações apontaram que grupo atuava há décadas com o tráfico de drogas e migraram do sertão pernambucano para a cidade de Feira de Santana
Segundo MP-BA, investigações apontaram que grupo atuava há décadas com o tráfico de drogas e migraram do sertão pernambucano para a cidade de Feira de Santana | Foto: Foto: Divulgação

De acordo com a Polícia Federal (PF), as investigações que culminaram na operação de fevereiro deste ano tiveram início em 2019, sendo realizados um total de três flagrantes, nos quais foram apreendidos mais de uma tonelada de maconha, além de roças da planta erradicadas, sendo assim possível identificar o responsável pela organização e toda a cadeia de lavagem de capitais.

No total, foram expedidos sete mandados de prisão e 20 mandados de busca e apreensão durante a operação, além do bloqueio de contas bancárias e imóveis, totalizando cerca de R$ 50 milhões, dentre eles, seis imóveis de alto padrão e cinco fazendas, localizados na Bahia e em Pernambuco.

Durante a operação realizada em fevereiro, aproximadamente 100 Policiais cumpriram as ordens judiciais nas cidades de Salvador, Feira de Santana, América Dourada, Morpará, Ibititá, Muquém do São Francisco, Brasília/DF, Ibimirim/PE e São Paulo/SP.

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