DESCASO
Lixão desativado prejudica comunidade quilombola em Santo Amaro
Fumaça expelida por queimadas no local atinge moradores quilombolas que convivem diariamente com problema
Por Rodrigo Tardio
Um cenário lamentável e desolador. Assim é a situação do lixão de Santo Amaro, Recôncavo Baiano. Além disso, o problema tem levado a uma condição de insalubridade para quem mora próximo ao local. É o caso da comunidade quilombola, conhecida como São Brás, que tem sofrido com as consequências das condições de descaso.
O Aterro Sanitário que devido à alta quantidade de lixo recebida, começou a operar como Lixão desde o ano 2005 até os dias atuais. A enorme quantidade de lixo recolhido em toda Santo Amaro, tanto na área urbana como na área rural, são descartados no local, que de acordo com a denúncia, não existe quaisquer tipo de tratamento dos resíduos, o que ocasiona a infiltração direta do chorume no solo.
A comunidade sofre ainda com a poluição do principal meio de sustento da comunidade, já que o lixão polui o manguezal e a maré, o que causa a diminuição da produção de pescados e mariscos.
Na Câmara Municipal, parlamentares denunciaram a situação. O vereador Agnaldo Nascimento (União Brasil), esteve no local e denunciou as condições precárias.
"Aqui se encontram todos os tipos de dejetos, como animais mortos em decomposição, ferragens, eletrodomésticos velhos, baterias descartadas de maneira irregular, sem preocupação nenhuma com o meio ambiente, além do alto risco de incêndios no local", disse Agnaldo.
Moradores da comunidade de São Brás denunciam ainda o mau cheiro e a fumaça que deixa a população incomodada diariamente..
"A gente não consegue dormir, pois até durante a madrugada a fumaça aparece e muitos sofrem com o agravamento de doenças respiratórias, como idosos e crianças, diz Paula Almeida", moradora da comunidade.
"Aqui era um aterro sanitário que foi desativado e agora virou um grande lixão sem o mínimo de cuidado por parte da prefeita Alessandra Gomes (PSD)", disse outro morador que não quis se identificar.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura não respondeu aos questionamentos.
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