SARA MARIANO
Motorista preso por morte de Sara ficou em silêncio em interrogatório
Gideão Duarte é um dos acusados de participar da morte da pastora
Por Leilane Teixeira
O motorista Gideão Duarte, que teria levado a cantora Sara Mariano a uma suposta agenda no dia em que desapareceu, ficou em silêncio durante todo interrogatório feito pela Polícia Civil na última quarta-feira, 15, quando foi preso por equipes da 25ª DT/Dias D’Ávila.
Em entrevista ao Portal A TARDE, o advogado do acusado, Carlos Cavaz, disse que orientou o cliente não falar sobre o caso e reforçou a inocência de Gideão. Segundo ele, o motorista foi "massa de manobra".
"Ele ficou em silêncio durante o depoimento por orientação minha. Até porque tem outras prisões ainda que serão feitas e para a gente ter uma visão geral do problema, a gente precisa ter acesso a essas oitivas aí que ainda virão. O Gideão confirma que ele transportou Sara nesse dia, mas assim como em outras ocasiões, ele sempre levava ela para os eventos. Dessa vez não foi diferente, ele levou ela para um local onde seria um evento, evento esse promovido pelo bispo Zadoque. O que aconteceu depois disso daí, ele não tem ciência", disse.
"A única coisa que ele fez nessa história, foi o transporte mesmo. Então o que a gente entende é que o Gideão foi usado como massa de manobra. Ele era uma pessoa da confiança de Sara, ele sempre fazia essa viagens para ela. O marido dela, como já ciência disso, ele já sabia que o Gideão era motorista de Sara nesses eventos, então certamente ele deve ter combinado com o bispo Zadoque essa empreitada, só que sem a ciência de Gideão. Ele continua afirmado a inocência dele. E já existe a confisão, tanto do Ederlan, quanto do bispo Zadoque", afirmou.
Ainda de acordo com o advogado do motorista, o bispo confessou que ele matou Sara e disse ainda que uma outra pessoa teria ajudado ele nessa execução. "Essa outra pessoa a gente não pode mencionar ainda, porque é segredo e está em investigação, mas eu acredito que daqui para o final de semana, ele seja preso também. O que se tem hoje de concreto, é que se tem mais dois envolvidos", disse.
Ambos os acusados tiveram os mandados de prisão cumpridos na Região Metropolitana de Salvador (RMS) por equipes da 25ª DT/Dias D’Ávila. Segundo a Polícia Civil, eles participaram da logística e da execução do homicídio.
“As investigações apontam que o ex-marido da vítima deu valores em dinheiro para os autores e promoções artísticas para o suposto líder religioso. As investigações continuam, para individualizar as condutas dos envolvidos e identificar a possibilidade de mais participações. Laudos periciais são aguardados para complementar a apuração do caso", informou o delegado Euvaldo Costa, responsável pelas investigações.
As audiência de custódia do motorista por aplicativo acontece nesta quinta-feira, 16, às 08h30, no Fórum Criminal de Dias d'Ávila. A do bispo também deve seguir a mesma progriamação.
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