POR CONTRATOS MILIONÁRIOS
PCC e CV se infiltram em prefeituras na Bahia e outros estados
Facções criminosas buscam novas oportunidades para lucrar e lavar dinheiro
Por Da Redação
Integrantes das duas maiores facções criminosas do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), estão infiltrados em vários municípios pelo Brasil, incluindo a Bahia. A informação é do Estadão.
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De acordo com a publicação, a ação das facções foi descoberta durante investigações em diversos estados; São Paulo, Rio, Bahia, e Ceará, entre outros. O intuito seria capturar contratos milionários com o poder público local. Ou seja, ao contrário das milícias, a luta não é pelo domínio do poder local, mas a oportunidade de obter novos lucros e lavar o dinheiro do tráfico de drogas em atividades lícitas. Com isso, o apoio a candidatos a vereadores e a prefeitos é mais importante do que eleger deputados e senadores.
“Se o PCC conseguir eleger um deputado terá apenas um entre 513 parlamentares. É muito mais interessante para seus integrantes ter acesso às Câmaras Municipais, onde são discutidos os contratos da coleta de lixo e as regras do transporte público e do uso e ocupação do solo”, afirmou o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial e Repressão do Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo.
A série de reportagem dos jornalistas Marcelo Godoy, Heitor Mazzoco e Rayanderson, ainda denuncia, com documentos inéditos de investigações que mostram o pagamento milionário de uma prefeitura, por meio de contratos aditivos, para empresas de transporte ligadas ao crime.
Na Bahia e no Ceará, foram detectados a presença do CV e de milicianos que montaram organizações para eleger vereadores e influenciar a política em municípios por meio de contratos milionários com o poder público, algo semelhante ao que acontece no Rio de janeiro.
“Sabemos que esse é o próximo passo dessas organizações: a infiltração no poder público em busca de oportunidades de negócios para lavar o dinheiro do crime”, afirmou o delegado Rogério Sampaoli, superintendente da PF em São Paulo.
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