Projeto que combate violência contra mulher é lançado em Catu

Debater a violência doméstica, definir estratégias de prevenção e enfrentamento, além de propor atuação local contra esse tipo de crime foi o objetivo de uma audiência pública realizada no município de Catu, na última sexta-feira, 31, já que a cidade registra alto índice de ações penais ajuizadas.

Na explicação do promotor de Justiça Thomas Bryann Freitas do Nascimento, do total de ações apresentadas pelo Ministério Público da Bahia à Justiça em 2022, 40% foram por crimes de violência contra a mulher.

“Um dado alarmante”, registrou ele, sinalizando que é alto o número de casos de reincidência.

Desenvolvido de forma interinstitucional para enfrentar a violência contra a mulher no município, o ‘Projeto Fênix, que ressignifica as relações, foi lançado durante o encontro. Thomas Bryann acredita que a união da Lei Maria da Penha, com todas as equipes aliadas ao projeto, vá ser relevante no processo de enfrentamento da violência.

A coordenadora do Núcleo de Enfrentamento às Violências de Gênero em Defesa dos Direitos das Mulheres (Nevid), promotora de Justiça Sara Gama, ressaltou que a mulher sofre violência doméstica por conta do machismo, que precisa ser descontruído.

“Todos devem denunciar, as mulheres devem procurar a rede de apoio (Creas Cras, PM, MP e TJ), familiares e amigos de confiança para que a comunicação sobre a violência chegue aos órgãos e ela seja interrompida”, friou Sara Gama.

A desembargadora Nágila Brito comentou sobre o decreto estadual que tem o objetivo de levar para as escolas a pauta ‘Educação para Igualdade’ e também discorreu sobre a Lei Maria da Penha. Nágila Brito destacou o empenho da juíza Débora Magda Peres Moreira no enfrentamento dos crimes de violência contra a mulher e lembrou que, em 90% dos casos de feminicídio, a vítima não tinha medidas protetivas deferidas.