BAHIA
Protocolo estreita relação entre Bahia e Benin
Iniciativa prevê voos diretos, fomentar novos negócios e ações com operadores de viagem e jornalistas
Por Ian Peterson*
Com a expectativa de iniciar operação em janeiro de 2025, a rota entre Benin e Bahia teve o protocolo de cooperação para o intercâmbio turístico e comercial assinado pela Secretaria de Turismo (Setur-BA), e a República do Benin (África) na última sexta-feira.
O iniciativa prevê a criação de voos diretos entre Salvador e Cotonou, a capital de Benin. As ações de promoção envolvem operadores de viagem e jornalistas de ambos os países, além de incentivar novos negócios, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico de Bahia e Benin.
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“O governo do estado dá mais um passo importante para o incremento do turismo internacional na Bahia. Vamos ampliar a visibilidade dos atrativos baianos no Benin, fomentando o desejo por viagens, que darão viabilidade a oferta da rota aérea, inicialmente, com voos fretados por operadoras do continente africano. Estamos confiantes que essa parceria será exitosa”, conta o secretário da Setur-BA, Maurício Bacelar.
Marcelo Sacramento, cônsul honorário do Benin na Bahia, enxerga a nova rota como um passo fundamental para reaproximar as culturas e fortalecer os laços históricos entre Bahia e Benin. “Agora, podemos criar um fluxo contínuo de troca cultural e comercial, facilitando o acesso e incentivando o turismo de maneira inédita entre os dois territórios”, afirmou Marcelo.
Ele também destacou as vantagens práticas. "Hoje, viajar entre Salvador e Benin é algo quase inviável, com a necessidade de conexões longas e cansativas. Com a criação desse voo direto, abre-se uma nova possibilidade de estreitar relações, tanto turísticas quanto econômicas", acrescentou, destacando o grande potencial de crescimento que essa rota representa.
Marcelo destacou que Bahia e Benin compartilham laços profundos que remontam à origem de boa parte dos negros escravizados trazidos para o Brasil, muitos deles vindos da cidade de Uidá, onde está o emblemático Porta do Não Retorno. “Nós somos povos irmãos, separados há mais de 200 anos, mas que mantêm influências culturais muito fortes, seja na culinária, nos costumes ou na religião”, comentou o cônsul, ressaltando que o Benin está se preparando para receber turistas brasileiros, oferecendo atrações que incluem, a rota da escravidão, parques naturais e a gastronomia.
Benin, país localizado na costa oeste da África e banhado pelo Golfo da Guiné, faz fronteira com Burkina Faso, Níger, Nigéria e Togo. Entre os séculos XVII e XIX, o foi um dos principais pontos de comércio de negros escravizados trazidos para o Brasil, carregando consigo elementos que moldaram a cultura brasileira. A influência beninense pode ser observada em aspectos como a culinária e nas práticas religiosas que guardam semelhanças com o candomblé.
Há um plano em andamento para reequipar a Casa do Benin, em Salvador, com o objetivo de transformá-la em um museu mais moderno e aprofundado. A proposta visa apresentar de forma mais detalhada a história e as relações culturais entre o Benin e a Bahia, oferecendo uma experiência imersiva.
Por meio de nota, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) “considera que essa diversificação de polos emissores é essencial para um destino maduro como Salvador”.
*Sob a supervisão da editora Meire Oliveira
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