AVIAÇÃO CIVIL
Querosene não é responsável pelo custo das passagens, afirma representante da Petrobras
Gerente de Processamento e Gás Natural da estatal, Wagner Felício esteve no XVI Encontro de Revendedores de Combustíveis
Por Victoria Isabel e Lula Bonfim
O Gerente de Processamento e Gás Natural da Petrobras, Wagner Felicio, participou neste sábado, 9, do XVI Encontro de Revendedores de Combustíveis do Nordeste, realizado no Complexo Costa do Sauípe Eco Resort. Durante o evento, ele foi questionado sobre as constantes reclamações das companhias aéreas em relação ao preço do QAV (Querosene de Aviação), que, segundo elas, impactaria no valor das passagens aéreas.
Ao abordar essa questão, o gerente explicou que, embora o custo do QAV seja um dos fatores que afeta o preço das passagens, ele não pode ser encarado como o único determinante.
“Primeiro que a gente discorda dessa questão de atrelar o custo da passagem aérea com o valor do QAV. Ele é um dos fatores, que obviamente é um custo das companhias aéreas, mas tem diversos outros. O QAV é atrelado a um preço adequado para a aviação aqui, está em competitividade com muitos aeroportos externos. Tem aviões que vêm de fora e abastecem no Brasil, então a gente entende que tem competitividade o nosso QAV”.
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Em relação a competitividade no setor, o gerente afirmou que é preciso colocar um volume de produto maior no mercado.
“Quando você fala de competitividade do produto renovável, principalmente o SAF, é claro que quando a gente fala de competitividade a gente tem que falar de volume, né, então a gente está iniciando esse processo, colocando no mercado um volume de produto, que a gente entende que vai ter competitividade, mas a gente tem que trabalhar para aumentar o volume e essa transição aconteça para que a gente tenha a competitividade adequada comparado QAV de origem fóssil”.
Ao falar da transição energética Wagner Felicio, destacou que o processo deve ser feito aos poucos. “Essa na verdade é a consequência para que a gente traga um produto que seja absorvível pela sociedade, que seja demandado pela sociedade, não adianta a gente colocar um produto no mercado que seja muito fora da realidade em termos de preço, mesmo que ele tenha uma uma qualidade superior do ponto de vista de pegada de carbono, porque você não vai conseguir fazer com que isso seja um fator preponderante na transição energética. Então ser justo é ser aceitado pela sociedade, com um custo competitivo, com qualidade adequada, para que todos possam se beneficiar disso”.
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