SEGURANÇA PÚBLICA
Recapturado PM acusado de homicídio que havia fugido da prisão
Segundo a Polícia Militar, soldado Diego Kollucha Santos Vasconcelos foi encontrado em Feira de Santana.
Por Da Redação
O soldado da Polícia Militar Diego Kollucha Santos Vasconcelos, que na quarta-feira, 27, havia fugido do Batalhão de Choque da PM, em Lauro de Freitas, onde estava preso por suspeita de prática de milícia e assassinato, foi recapturado nesta sexta-feira, 29.
De acordo com informações da Polícia Militar (PM), Kollucha foi localizado na cidade de Feira de Santana, por uma equipe da inteligência da PM. Após ser submetido a exame de corpo delito no Departamento de Polícia Técnica, ele será custodiado à disposição da justiça.
A Polícia Militar ainda destacou que instaurou um inquérito policial militar (IPM) para apurar as circunstâncias da fuga.
Entenda o caso
O soldado Diego Kollucha Santos Vasconcelos foi alvo na quarta-feira, dia 27, da ‘Operação Sangue Frio', deflagrada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). Na ocasião, foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra ele, que é acusado pelo homicídio qualificado de Juliana de Jesus Ribeiro, ocorrido no dia 23 de maio de 2023, no município de Saubara.
Como ele já estava preso desde a ‘Operação Salobro’, em outubro do ano passado, que investigou a participação de PMs em milícias na região da cidade de Santo Estévão, as buscas foram realizadas na cela do Batalhão de Choque onde o policial se encontrava custodiado.
De acordo com a PM, durante a revista nas celas, o soldado e outros presos foram transferidos para uma quadra/solário da unidade, momento em que ele conseguiu escapar.
Segundo a denúncia oferecida pelo MP-BA, no âmbito da ‘Operação Sangue Frio’, o soldado Kollucha executou Juliana de Jesus Ribeiro sem lhe dar qualquer chance de defesa. Imagens registradas por câmeras de segurança da via pública onde aconteceu o assassinato mostram que o soldado assassinou a vítima, disparando tiros de armas de fogo contra Juliana já rendida, totalmente indefesa, de costas para seu executor.
Conforme laudos policiais, Juliana foi atingida diversas vezes à queima roupa na cabeça, face, tórax, abdômen e braços.
"As evidências e provas do inquérito policial demonstram que o denunciado planejou, premeditou e executou a ação que culminou na morte de Juliana de Jesus Ribeiro", afirma o Gaeco na denúncia.
Trezes dias antes da execução, o denunciado foi flagrado observando a rotina da vítima, percorrendo o mesmo percurso e realizando as mesmas ações que foram feitas na data do homicídio. A investigação apontou que, por volta das 19h30 do dia do crime, Diogo Kollucha e um comparsa, ainda não identificado, renderam a vítima quando ela saía do trabalho, em técnicas semelhantes as de uma abordagem policial, obrigando-lhe a por as mãos na cabeça e a ficar de costas para eles. Ainda conforme a denúncia, o soldado alterou as placas do veículo utilizado no crime com a finalidade de dificultar a investigação.
Na decisão que determinou a prisão preventiva do soldado, para garantia da ordem pública, a Justiça apontou haver fortes indícios probatórios de que o PM "praticou, em ação meticulosamente premeditada, homicídio qualificado, através de recurso que dificultou a defesa da vítima".
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