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Recapturado PM acusado de homicídio que havia fugido da prisão

Segundo a Polícia Militar, soldado Diego Kollucha Santos Vasconcelos foi encontrado em Feira de Santana.

Publicado sexta-feira, 29 de março de 2024 às 15:43 h | Autor: Da Redação
SoldadO da PM (esq) é apontado como responsável pela morte de juliana de Jesus (dir)
SoldadO da PM (esq) é apontado como responsável pela morte de juliana de Jesus (dir) -

O soldado da Polícia Militar Diego Kollucha Santos Vasconcelos, que na quarta-feira, 27, havia fugido do Batalhão de Choque da PM, em Lauro de Freitas, onde estava preso por suspeita de prática de milícia e assassinato, foi recapturado nesta sexta-feira, 29.

De acordo com informações da Polícia Militar (PM), Kollucha foi localizado na cidade de Feira de Santana, por uma equipe da inteligência da PM. Após ser submetido a exame de corpo delito no Departamento de Polícia Técnica, ele será custodiado à disposição da justiça.

A Polícia Militar ainda destacou que instaurou um inquérito policial militar (IPM) para apurar as circunstâncias da fuga.

Entenda o caso

Foram realizadas buscas na cela do Batalhão de Choque, onde o policial já se encontra preso
Foram realizadas buscas na cela do Batalhão de Choque, onde o policial já se encontra preso |  Foto: Foto: MP-BA/Divulgação

O soldado Diego Kollucha Santos Vasconcelos foi alvo na quarta-feira, dia 27, da ‘Operação Sangue Frio', deflagrada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). Na ocasião, foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra ele, que é acusado pelo homicídio qualificado de Juliana de Jesus Ribeiro, ocorrido no dia 23 de maio de 2023, no município de Saubara.

Como ele já estava preso desde a ‘Operação Salobro’, em outubro do ano passado, que investigou a participação de PMs em milícias na região da cidade de Santo Estévão, as buscas foram realizadas na cela do Batalhão de Choque onde o policial se encontrava custodiado.

De acordo com a PM, durante a revista nas celas, o soldado e outros presos foram transferidos para uma quadra/solário da unidade, momento em que ele conseguiu escapar.

Segundo a denúncia oferecida pelo MP-BA, no âmbito da ‘Operação Sangue Frio’, o soldado Kollucha executou Juliana de Jesus Ribeiro sem lhe dar qualquer chance de defesa. Imagens registradas por câmeras de segurança da via pública onde aconteceu o assassinato mostram que o soldado assassinou a vítima, disparando tiros de armas de fogo contra Juliana já rendida, totalmente indefesa, de costas para seu executor.

Conforme laudos policiais, Juliana foi atingida diversas vezes à queima roupa na cabeça, face, tórax, abdômen e braços.

"As evidências e provas do inquérito policial demonstram que o denunciado planejou, premeditou e executou a ação que culminou na morte de Juliana de Jesus Ribeiro", afirma o Gaeco na denúncia.

Trezes dias antes da execução, o denunciado foi flagrado observando a rotina da vítima, percorrendo o mesmo percurso e realizando as mesmas ações que foram feitas na data do homicídio. A investigação apontou que, por volta das 19h30 do dia do crime, Diogo Kollucha e um comparsa, ainda não identificado, renderam a vítima quando ela saía do trabalho, em técnicas semelhantes as de uma abordagem policial, obrigando-lhe a por as mãos na cabeça e a ficar de costas para eles. Ainda conforme a denúncia, o soldado alterou as placas do veículo utilizado no crime com a finalidade de dificultar a investigação.

Na decisão que determinou a prisão preventiva do soldado, para garantia da ordem pública, a Justiça apontou haver fortes indícios probatórios de que o PM "praticou, em ação meticulosamente premeditada, homicídio qualificado, através de recurso que dificultou a defesa da vítima".

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