NEGOCIAÇÕES
Rodoviários cobram intermediação dos órgãos do trabalho para evitar greve: "Estamos abertos ao diálogo"
Categoria também chamou a prefeitura para intervir nas negociações
O imbróglio envolvendo rodoviários e empresários parece não ter fim. Em mais uma reunião dos rodoviários que aconteceu nesta quarta-feira, 15, na Lapa, a categoria cobrou a intermediação da prefeitura de Salvador e do Ministério Público do Trabalho (MPT) para resolver o reajuste salarial. Segundo o sindicato, se outras competências não resolverem, haverá a possibilidade de greve.
"O grupo de negociação se reuniu com a direção do sindicato para fazer valer o sentimento da direção e dos trabalhadores. Então, o sentimento da direção é que nós levemos até aonde puder chegar sem recorrer à greve. Com os empresários a gente não senta, só com intermediadores, no caso, a Superintendência do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho, e a própria Prefeitura. Esperamos que eles nos chame para tentar chegar num consenso e num resultado que seja favorável para nossos trabalhadores e que também não venha a trazer desgaste nem prejuízo para a população. Queremos que o prefeito [Bruno Reis] entre também nesse negócio, pois ele é gestor do município e pode sim contribuir muito para que o cidadão não seja prejudicado nesse momento. Estamos abertos ao diálogo, mas caso não haja uma intermediação, aí sim, pode existir uma greve", disse em entrevista a Portal A TARDE, Washington Tito, um dos integrantes da direção do sindicato dos rodoviários.
Washington garantiu ainda que nesse tempo, não haverá, por enquanto, mobilizações que venham atrapalhar a vida da população, como paralisação ou atraso nas garagens."Por respeito à população e por ter o entendimento. Que os trabalhadores querem chegar no seu objetivo, mas sem atrapalhar a vida do cidadão. Nós estamos abertos para negociar, e por isso a gente não fez ainda atitudes".
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Nos últimos dias, houve diversas rodadas de negociações com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), mas não existiu acordo. Na reunião da última terça-feira, 14, os empresários ofereceram uma proposta de reajuste de 1,24% à categoria, mas ela não foi aceita. Os rodoviários buscam um aumento de 4% acima da inflação. Além do reajuste salarial, os rodoviários buscam ticket refeição e outros 42 itens.
"Quem quer levar a gente para a greve são os empresários. Nós pedimos a inflação e mais 4%, mas eles só ofereceram, em 10 rodadas de negociação, 1,24%, que não chega nem a nossa inflação. Quer dizer, existe uma baderna por parte dos empresários, que querem que a gente vá para a greve. Nós queremos sim um reajuste de salário, nós queremos a nossa passagem no metrô, nós queremos sim ter um ticket aonde o trabalhador possa se alimentar e queremos também que a população não seja prejudicada em cima de uma greve que só vai ser prejudicial para a população e benefício para os empresários", pontuou.
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