SÃO JOÃO
Forró dos Plays defende equilíbrio de ritmos no São João
Banda abriu os festejos desta terça, 2, no Parque de Exposições
Por Dara Medeiros e Paola Pedro
As mudanças nas grades musicais das festas juninas se tornaram motivo de preocupação para os forrozeiros de todo o país. Releituras de grandes clássicos, misturas de ritmos e medo da tradição estar desaparecendo viraram tema de discussão entre a galera há um tempo, mas ganharam ainda mais força este ano.
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Sem rodeios e com muita experiência no assunto, os vocalistas da banda Forró dos Plays, os baianos Jobson Mascarenhas e Vic, opinaram sobre o polêmico tema nesta terça-feira, 2, no Parque de Exposições de Salvador.
“Eu sou suspeito de falar porque eu sou apaixonado pelo forró das antigas. Então, eu costumo sempre fazer um repertório que a gente vem agradar a todos os pontos. O forró deu uma mudada, a batida tá um pouco diferente, mas a gente faz aquela meia hora do TikTok, da modinha da galera, a gente tem que fazer, mas nunca largar aquele forró de Luiz Gonzaga, o ‘pé-de-serra’, o forró das antigas. E a gente sempre faz isso [mistura de estilos], um repertório que possa agradar a todo mundo, mas eu acho sempre bom a gente sempre manter aquele forró raiz, não deixar morrer”, declarou Jobson.
Ex-Filomena Bagaceira, Vic é de uma nova geração e também deu a visão dela sobre o tema. A loira concordou com o parceiro de palco e ressaltou a importância de equilibrar a essência do forró com os novos estilos e variações.
“Como eu sou da nova geração, eu acho que não dá pra gente andar pra frente sem olhar o passado. Por mais que novos estilos estejam surgindo, a tradição precisa ser mantida. Então, essa nova leva de artistas que estão chegando, o Nattanzinho, o Henry [Freitas], a Mari [Fernandez], o João Gomes, apesar deles fazerem o novo, eles atraem os jovens pro show, mas eles também apresentam: ‘olha, isso aqui é o nosso forró, isso aqui é a nossa raiz’, assim como a gente faz", disse ela, que seguiu.
"Pra quem não sabe, a gíria ‘plays’, em nosso Ceará, significa galera. Nós somos o forró da galera, da juventude, da turma bacana. Então, a gente traz isso também, a gente atrai o jovem e fala, a gente tem um swingado, a gente tem a swingueira, mas essa aqui é a nossa raiz, essa aqui é a nossa tradição. A gente faz de tudo, como o Jobson falou, já que tem um repertório novo chegando, faz essa mescla bacana, né? Porque nós somos de duas gerações diferentes, mas que mantêm o mesmo amor pelo forró”, concluiu.
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