DIA DO JORNALEIRO
Tradição viva: Jornal A TARDE faz homenagem no Dia do Jornaleiro
Ofício que ainda hoje mantém proximidade com clientes fiéis, que não abrem mão de ter o jornal impresso em suas mãos todas as manhãs

Por Jair Mendonça Jr

Há 167 anos, o dia 30 de setembro é dedicado aos jornaleiros, profissional que há muito tempo foi o único elo entre a notícia e o leitor. Com o avanço da tecnologia, a forma de consumir notícias mudou, mas ainda existe quem não abre mão do periódico impresso, mantendo relevância dessa profissão centenária nos dias atuais.

Wagner Lourenço dos Santos, 41 anos, que há 12 trabalha na barraca Morumbi, na Pituba, disse que a procura pelo Jornal A TARDE ainda é alta. “Tenho clientes fieis, que vêm aqui comprar todos os dias. Quando não vêm, mandam alguém comprar”, conta.
O aposentado Vicente Nedia Filho, 73 anos, é um deles. Ele disse que, todos os dias pela manhã, há 52 anos, faz questão de ir andando comprar o jornal.
“Acho que por isso me mantenho firme e com boa memória. A leitura diária me faz bem. Meu filho sempre me questiona porque eu ainda leio jornal, mas é um hábito que nunca vou deixar”, afirmou o aposentado.

Nesta terça, 30, o Grupo A TARDE enviou dezenas de brindes para seus colaboradores para celebrar a data. Segundo Carlos Mafra, gerente do Mercado Leitor do Grupo, muito além da venda de jornais, os jornaleiros são os guardiões da notícia.
“Hoje é um dia muito importante para mim. Estamos celebrando o dia do profissional que garante que a informação chegue a cada canto da cidade. São profissionais que, com esforço e resiliência, enfrentam os desafios do dia a dia para manter viva uma tradição essencial”, ressalta Mafra.
Rogério Santos, coordenador de Venda Avulsa do A TARDE, disse que, entre A TARDE e MASSA, cerca de 14 mil periódicos são comercializados todos os dias.
“Mais que números, o jornal impresso informa com qualidade e ajuda a educação das pessoas. Ele também gera empregos para jornalistas, gráficos, entregadores e donos de bancas de revistas. Também registra a história e valoriza as notícias locais. Mesmo com a tecnologia, o jornal impresso ainda é muito importante para a sociedade”, pontua Rogério.

Relação com os jornaleiros
A história dos jornaleiros no Brasil remonta ao século XIX. Segundo historiadores, a profissão teria começado em 1858, quando o jornal "A Atualidade" foi o primeiro a ser vendido avulso, utilizando pessoas escravizadas para distribuí-lo. Eles percorriam as ruas gritando as manchetes para atrair clientes.
A imagem dos jornaleiros, com suas pilhas de jornais sob o braço, gritando as manchetes nas praças, nos pontos de ônibus e nos portos, tornou-se parte da paisagem urbana de Salvador. Eles não eram apenas vendedores; eram a voz do jornal nas ruas, o elo direto entre a redação, que produzia a notícia, e o leitor, que a consumia.
A história do Jornal A TARDE, portanto, não pode ser contada sem reconhecer a contribuição dos jornaleiros. A sua capilaridade e a capacidade de chegar aos bairros mais distantes eram essenciais para a circulação e o sucesso do jornal. A confiança do público nos jornaleiros, que muitas vezes já os conheciam pessoalmente, facilitava a venda e fidelizava os leitores.
Ao mesmo tempo, para os jornaleiros de Salvador, vender o jornal era uma fonte de renda estável e um trabalho de respeito. A marca do jornal se tornou sinônimo de credibilidade, o que beneficiava os vendedores.
A relação era uma verdadeira parceria: o jornal precisava dos jornaleiros para distribuir a informação, e os jornaleiros precisavam do jornal para garantir seu sustento.
Assim, a história do jornalismo baiano, personificada pelo Jornal A TARDE, é um excelente exemplo de como a figura do jornaleiro, celebrada no dia 30 de setembro, foi e ainda é fundamental para a comunicação e a informação nas cidades brasileiras.
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