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BRASIL

Agentes da PM e PRF assumem 10 das 23 mortes de operação no RJ

Policiais também apresentaram 12 fuzis

Por Da Redação

27/05/2022 - 17:43 h
Agora as investigações buscam saber as circunstâncias de outras 13 mortes
Agora as investigações buscam saber as circunstâncias de outras 13 mortes -

Nove policiais militares e três policiais rodoviários federais ouvidos na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) admitiram participação nos confrontos ocorridos na localidade da Vacaria, numa região de mata da Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, onde dez pessoas foram mortas. Eles também apresentaram 12 fuzis.

>>> Vila Cruzeiro: 11 dos 23 mortos não tinham processos criminais

O tiroteio ocorreu no dia 24, durante uma operação da Polícia Militar (PM) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). Agora as investigações buscam saber as circunstâncias de outras 13 mortes na comunidade. Ao todo, 23 pessoas morreram na ação.

Na última terça-feira, quando o número de óbitos divulgados era de 11, o porta-voz da PM, tenente-coronel Ivan Blaz, chegou a dizer que era "provável que outras pessoas pudessem aparecer feridas ou mortas", de acordo com informações de O Globo.

A Polícia Civil já ouviu alguns familiares das vítimas para saber informações sobre em que local da comunidade as pessoas estavam quando foram baleadas. Segundo O Globo, já se sabe, no entanto, que alguns dos mortos estavam numa mata que liga a Vila Cruzeiro ao Complexo do Alemão, mesma região em que os dez morreram no confronto com policiais. Até agora, exames periciais em parte dos corpos, no Instituto Médico-Legal, não encontraram marcas de perfurações produzidas por facas.

Os investigadores aguardam agora a conclusão dos laudos para esclarecer se os tiros que atingiram os corpos foram ou não disparados de uma curta distância e se houve ou não execução de alguns dos 23 mortos.

A PM disse que a ação estava sendo planejada havia meses, mas ocorreu de modo emergencial para evitar uma suposta migração de bandidos para a comunidade da Rocinha, na Zona Sul. A operação é considerada a segunda mais letal da história do Rio, atrás somente da ação no Jacarezinho, em maio do ano passado, que resultou em 28 mortes.

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