INCONSISTÊNCIAS CONTÁBEIS
Americanas pede manutenção do sigilo para investigação do rombo
Varejista deve R$ 64,8 milhões aos 44 mil trabalhadores do grupo
Representantes da Americanas enviaram um pedido para a 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro para que a decisão que levantou o sigilo sobre a investigação do rombo contábil da varejista seja revertida.
Os advogados da empresa afirmam que forneceram ao Judiciário documentos sobre o caso contendo informações “confidenciais, sensíveis e sigilosas”. Para a Americanas, a divulgação dos dados pode gerar impacto nas apurações da autarquia, quando há testemunhas sendo ouvidas.
Caso a 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro tenha uma decisão favorável à Americanas, os credores sairão em desvantagem. Bancos, fornecedores e portadores de dívidas da varejista buscam provas sobre o rombo contábil e os responsáveis, com o objetivo de acrescentar nos processos que já movem contra a empresa.
Situação da Americanas
A recuperação judicial das Americanas foi autorizada pela Justiça fluminense em janeiro deste ano. A empresa descobriu "inconsistências contábeis" estimadas em R$ 20 bilhões.
Com uma dívida de R$ 47,9 bilhões, a varejista deve R$ 64,8 milhões aos 44 mil trabalhadores do grupo, que têm prioridade no recebimento.
Contra a empresa, foram registradas 17 mil ações trabalhistas, que representam uma dívida de R$ 1,53 bilhão.
O pagamento antecipado de R$ 192,4 milhões a trabalhadores e pequenos fornecedores por parte da Americanas foi liberado pela 4ª Vara Empresarial, no entanto, a medida foi suspensa na semana passada pela desembargadora Leila Santos Lopes, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
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