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01/05/2023 às 19:02 | Autor: Da Redação

VÍDEO

"Animais explorados por likes", avalia agente do Ibama após caso Filó

Ele desmente Agenor e diz que não é um ribeirinho, mas um fazendeiro com milhões de seguidores

Imagem ilustrativa da imagem "Animais explorados por likes", avalia agente do Ibama após caso Filó
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O analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) Roberto Cabral usou as redes sociais para desabafar sobre o caso da capivara Filó e do influenciador Agenor Tupinambá, que ganhou a guarda temporária do animal após decisão judicial.

Antes, a capivara havia sido entregue ao Ibama, que multou o influenciador em R$ 17 mil por maus tratos. Em um vídeo, o agente do Ibama citou a morte de outros animais e disse que não se trata apenas de uma capivara.

"Outra capivara teria morrido, duas preguiças, sendo que uma morreu, duas jibóias, uma paca, uma arara, dois papagaios, uma coruja, uma aranha... Ou seja, uma série de animais que foram explorados de forma ilegal para se conseguir likes (curtidas, engajamento) na internet. Isso é proibido no Brasil. Tanto o cativeiro, quanto a exploração desses animais, principalmente porque eles não têm origem legal", disse Roberto.

Ele desmente Agenor e diz que não é um ribeirinho, mas um fazendeiro, que já conta com mais de 2 milhões de seguidores no Instagram e 1,8 milhão no TikTok, cursa faculdade de Agronomia em Manaus e tem estudo suficiente para saber que precisaria de uma autorização para domesticar a capivara e outros animais silvestres.

"É um influencer com milhares (na verdade, milhões) de seguidores. Inclusive, com assessoria de marketing e assessoria jurídica. Não é uma pessoa que desconhecia leis. É um estudante de Agronomia e que estuda em Manaus, onde está o Ibama. Então, ele poderia já ter em algum momento procurado o ibama e entregue os animais. Vamos supor que ele tivesse encontrado a capivara e ela estivesse em situação realmente de perigo, necessitando de auxílio, socorro. Ele poderia ter entregue esses animais ao Ibama".

Ele pontua ainda que a decisão judicial prejudica muito a reintrodução desse animal e seu melhor destino não é ficar em uma casa.

"O melhor para ela é ser realmente livre, junto com outras da sua espécie. Nós lutaremos para que o melhor destino para ela seja cumprido. Que seja livre, mas realmente livre, com outras de sua espécie, e não sendo humanizada".

Confira o vídeo.

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Uma publicação compartilhada por Roberto CABRAL (@robertocabral.18)

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