BRASIL
Animal pré-histórico de 5 toneladas é descoberto no Nordeste
Material encontrado será incorporado ao acervo do Geoparque Seridó

Por Isabela Cardoso

Uma nova e empolgante descoberta no interior do Rio Grande do Norte chamou a atenção de pesquisadores e da comunidade local. No Seridó Geoparque Mundial da Unesco, foram identificados fragmentos fósseis de um mamífero pré-histórico de dimensões colossais, que viveu na região durante o período Pleistoceno.
O material foi encontrado por um morador na zona rural de Parelhas, município que faz parte do Seridó Geoparque. Os fósseis são fragmentos de fêmur, costela e falange e foram identificados como pertencentes à espécie Eremotherium laurillardi, uma preguiça-gigante terrestre que viveu no Brasil entre 2,5 milhões e 11 mil anos atrás.
A descoberta é crucial para ampliar o entendimento sobre a megafauna brasileira que habitava o Nordeste.
Detalhes anatômicos revelam o gigante terrestre
A análise confirmou que a preguiça possuía uma estrutura corporal robusta e alta capacidade de sustentação, indicando total adaptação ao ambiente terrestre da época. Além disso, os cientistas encontraram indícios que sugerem uma forte relação alimentar com plantas de grande porte.
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O achado reforça a importância do Nordeste como uma região rica em registros do passado natural. Descobertas como esta permitem que os pesquisadores montem um retrato mais completo de como esses grandes herbívoros interagiam com o clima, a vegetação e outros animais durante o Pleistoceno.
Geoparque seridó fortalece acervo e turismo científico
O material encontrado será incorporado ao acervo do Geoparque Seridó, local reconhecido internacionalmente por suas formações geológicas e fósseis. Após a catalogação e estudos adicionais, o material estará disponível para exposição pública. Isso garantirá que visitantes e a comunidade tenham contato direto com um dos maiores mamíferos da pré-história.
Equipes especializadas realizaram a coleta e as análises de laboratório com rigor científico. As comparações com outros espécimes pré-históricos foram essenciais para a confirmação da identificação da espécie.
A descoberta não apenas contribui para o avanço da ciência, mas também fortalece as iniciativas de educação ambiental e turismo científico no Rio Grande do Norte, aproximando a população do valioso patrimônio natural e histórico brasileiro. O trabalho de catalogação e estudo do gigante segue em andamento.
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