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Após 52 dias em coma, morre jovem que bebeu gin com metanol

Rafael Anjos havia tomado bebida comprada de um adega na Cidade Dutra

Isabela Cardoso

Por Isabela Cardoso

23/10/2025 - 19:12 h
Rafael Anjos Martins, de 28 anos, morreu após mais de 50 dias em coma
Rafael Anjos Martins, de 28 anos, morreu após mais de 50 dias em coma -

Rafael Anjos Martins, de 28 anos, morreu nesta quinta-feira, 23, após passar 52 dias em coma em um hospital de Osasco (SP). Ele foi vítima de intoxicação por metanol, substância altamente tóxica presente em um gin adulterado comprado de uma adega na Cidade Dutra, Zona Sul da capital paulista.

O caso foi registrado no dia 1º de setembro, quando Rafael foi internado em estado grave e diagnosticado com intoxicação aguda. Desde então, permaneceu dependente de ventilação mecânica, sem apresentar fluxo sanguíneo cerebral.

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Segundo o laudo médico, o corpo do jovem apresentava 155 mg/l de metanol, índice considerado letal por especialistas. Valores acima de 100 mg/l podem causar coma profundo, danos cerebrais irreversíveis e morte.

Gin adulterado e perícia

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a origem das bebidas e eventuais responsáveis pela adulteração. Na adega onde o produto foi comprado, foram apreendidas duas garrafas já consumidas e outras 14 lacradas, todas encaminhadas para análise pericial.

Até o momento, o governo de São Paulo confirmou sete mortes por envenenamento com bebidas contaminadas por metanol. A morte de Rafael ainda não entrou na contagem oficial.

“Hoje é meu filho, amanhã pode ser outro”, diz mãe

Em entrevista ao Fantástico, a mãe de Rafael, Helena Martins, afirmou que o filho “descansou” após semanas de sofrimento. “É um crime o que estão fazendo. Hoje é meu filho, amanhã não sei quem pode ser”, declarou, emocionada.

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Um dos amigos que também consumiu o gin, o auxiliar de produção Diogo Marques de Sousa, relatou os primeiros sintomas da intoxicação: “Acordei desesperado porque não estava enxergando nada, tudo preto e uma dor de cabeça muito forte”.

Horas depois, Rafael e uma amiga começaram a sentir fortes dores de cabeça, confusão mental e perda de visão. Rafael chegou a enviar um áudio a uma amiga descrevendo os primeiros sinais do envenenamento: “Está tudo rodando, parece que estou com a pressão baixa, sei lá”.

O perigo do metanol

O metanol é um tipo de álcool usado em solventes, combustíveis e produtos industriais. Quando ingerido, o fígado o converte em substâncias extremamente tóxicas, que atacam o sistema nervoso, o fígado e o nervo óptico, podendo causar cegueira, insuficiências múltiplas e morte.

Casos como o de Rafael reacendem o alerta das autoridades sanitárias sobre o consumo de bebidas de origem duvidosa, especialmente em pontos de venda sem fiscalização adequada.

A Polícia Civil e o Instituto de Criminalística analisam as amostras recolhidas na adega e buscam identificar o fornecedor responsável pelo gin adulterado. Enquanto isso, especialistas reforçam a importância de verificar sempre a procedência e o lacre das bebidas antes do consumo.

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Bebida adulterada gin metanol

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