SUBIU O TOM
"Aquilo jamais foi um golpe de Estado", diz Bolsonaro na Paulista
Ex-presidente volta a falar que "não passa faixa para ladrão"
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi o último a discursar no ato convocado na avenida Paulista contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Bolsonaro defendeu a anistia dos condenados pelas depredações nas sedes dos três poderes em 8 de janeiro de 2023 e se disse vítima de uma perseguição. "A gente estava atrapalhando o sistema", afirmou em cima do carro de som.
Para o ex-presidente, sua eleição em 2018 foi uma "falha do sistema". Ele questionou o inquérito aberto pelo TSE para apurar a invasão dos sistemas de votação e também a investigação da reunião com embaixadores em 2022 que colocava em dúvida a lisura das urnas eletrônicas.
Bolsonaro interrompeu seu discurso por duas vezes para reclamar de um carro de som que estaria atrapalhando a manifestação. Na segunda interrupção, o ex-presidente pediu, na presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, atuação da PM: "Arranque o cabo da bateria, isso é uma atitude canalha de um vagabundo que não tem compromisso com o país".
Na sequência, Bolsonaro questionou a popularidade do presidente Lula, disse que 'um dia podemos ver um time ser campeão sem torcida, mas presidente sem povo é a primeira vez que estamos vendo'. Ele afirmou que o 8 de janeiro foi uma armação e que deixou o país em 30 de dezembro de 2022 porque sabia que alguma coisa iria acontecer.
"Falaram que eu devia ter passado a faixa para aquele cara. Eu não passo a faixa pra ladrão", disparou, arrancando aplausos da multidão. Bolsonaro defendeu os condenados pela invasão dos três poderes. "Aquilo jamais foi golpe de Estado", disse. O ex-presidente ainda defendeu anistia para os envolvidos nos atos e mandou recado ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco: "Eu espero que o Senado bote um freio em Alexandre de Moares, esse ditador".
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