DESCOBERTA
Árvore com apenas um exemplar no mundo é descoberta no Rio
A planta é um parente próximo das jabuticabeiras (gênero Plinia)
Por Da Redação
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro fez uma nova descoberta científica, reforçando a importância da preservação das florestas brasileiras. Em um estudo conduzido por Thiago Fernandes e João Marcelo Braga, foi revelado que a árvore frutífera Siphoneugena carolynae, identificada pela primeira vez no Parque Municipal da Pedra de Itaocaia, em Maricá (RJ), é uma espécie única no mundo.
De acordo com o estudo, Siphoneugena carolynae é um parente próximo das jabuticabeiras (gênero Plinia), mas apresenta características distintas. A espécie se diferencia pelos pecíolos longos, que são as partes das folhas que se conectam ao caule, folhas flexíveis com um pequeno canal na parte superior, e flores dispostas em cachos com caules achatados. Além disso, possui um hipanto (estrutura floral que envolve o ovário) constringido, cálice em forma de cone, ovários com dois lóculos e quatro óvulos em cada um, e cotilédones cobertos por glândulas.
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Segundo a pesquisa, a espécie é parente próxima das jabuticabeiras (Plinia), mas apresenta características distintivas. A nova espécie possui pecíolos longos, folhas flexíveis com um pequeno canal na parte superior, e flores dispostas em cachos com caules achatados. Outros diferenciais incluem um hipanto (parte da flor que envolve o ovário) constringido, cálice em forma de cone, ovários com dois lóculos e quatro óvulos em cada, e cotilédones (primeiras folhas do embrião) cobertos por glândulas.
Apesar da crença de que a Siphoneugena carolynae seja uma espécie exclusiva, sua avaliação inicial classificou-a como "deficiente em dados" para determinar seu estado de conservação. Os pesquisadores identificaram seu habitat como florestas de inselberg, que são formações de selvas tropicais situadas acima de áreas rochosas, a cerca de 200 metros de altitude e exclusivamente no Morro Itaocaia. A árvore pode ser visitada através de uma trilha aberta ao público.
Com aproximadamente 7 metros de altura, a arvore é facilmente reconhecida por seu tronco com casca rugosa e manchas irregulares em tons de marrom-claro, rosa ou vermelho. As frutas, ainda analisadas apenas em estágios iniciais de maturação, foram coletadas em outubro, enquanto as flores aparecem tipicamente entre março e junho.
"Embora ainda não conheçamos os frutos maduros, acreditamos que eles sejam semelhantes aos das jabuticabas, dado que são parentes próximos", afirma Thiago Fernandes, um dos autores do estudo junto com Jair Eustáquio de Faria, Diana Kelly Dias Caldas, Marcelo da Costa Souza e João Marcelo Alvarenga Braga.
Fernandes também ressalta que a região tem atraído a atenção de naturalistas desde o século 19. Charles Darwin, por exemplo, visitou a área em 1832 e se hospedou na histórica Fazenda Itaocaia, que atualmente é o local da descoberta da nova espécie.
"Esta descoberta é um avanço significativo para o entendimento da flora da Mata Atlântica, que ainda guarda muitas espécies desconhecidas para a ciência. Além disso, sublinha a importância das áreas protegidas na conservação de espécies raras e de distribuição restrita", conclui Fernandes.
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