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Bolsonarista preso por bomba em caminhão queria 'causar caos'

Suspeito é do estado do Pará e foi ao Distrito Federal participar de atos antidemocráticos, diz a polícia

Publicado domingo, 25 de dezembro de 2022 às 11:06 h | Atualizado em 25/12/2022, 11:52 | Autor: Da Redação
A polícia informou que o suspeito é um empresário do Pará que foi à capital federal para participar de atos antidemocráticos
A polícia informou que o suspeito é um empresário do Pará que foi à capital federal para participar de atos antidemocráticos -

O homem preso acusado de deixar uma bomba em um caminhão próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, no sábado, 24, queria 'causar o caos', segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Cândido. A polícia informou que o suspeito é um empresário do Pará que foi à capital federal apenas para participar de atos antidemocráticos contra o resultado das eleições em frente ao Quartel General (QG) do Exército, na área militar.

O apoiador do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou à polícia que queria provocar uma explosão para chamar atenção para o movimento do qual participa. Os agentes encontraram um arsenal de armas e munições.  

"Ele confessou que realmente tinha intenção de fazer um crime lá no aeroporto, que seria destruir um poste, uma coisa nesse sentido, para causar o caos, né. O objetivo dele era chamar a atenção justamente para o movimento que eles estão empenhados", disse o delegado durante entrevista coletiva no sábado.

O acusado tem registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), mas o documento estava em situação irregular.

"Ele é CAC, porém está todo fora da norma. Será autuado por porte e posse ilegais de armas de fogo, munições e artefatos explosivos e crime contra o estado democrático de direito", explicou.

O empresário foi preso após ser encontrado em um apartamento no bairro Sudoeste, em Brasília. Ainda segundo a polícia, o imóvel é alugado e tem outras pessoas envolvidas no crime.

O acusado estava com duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições e uniformes camuflados. No apartamento, os policiais ainda encontraram cinco emulsões explosivas. O suspeito confessou os crimes.

"Ele é morador do Pará e veio para participar das manifestações no QG [do Exército]. Ele faz parte desse movimento de apoio ao atual presidente. Eles estão imbuídos nessa missão, segundo eles, mas saiu de controle. E as autoridades policiais, em Brasília, vamos tomar as providências e prender qualquer um que atente contra o estado democrático de direito, principalmente com ameaças, e agora com bombas. Isso é algo que nunca existiu em Brasília e não vamos permitir", pontuou Cândido.

O futuro ministro da Justiça e senador, Flávio Dino (PSB), se manifestou nas redes sociais neste domingo, 25. Dino afirmou que "os graves acontecimentos de ontem em Brasília comprovam que os tais acampamentos 'patriotas' viraram incubadoras de terroristas", escreveu.  Ainda de acordo com ele, as "medidas estão sendo tomadas e serão ampliadas, com a velocidade possível". 

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