Brasileiro roubou nome de criança morta e viveu décadas nos EUA
Ricardo Guedes usou o nome William Ladd e viveu como americano por 25 anos
Um brasileiro está preso após ter cometido o crime de falsidade ideológica por 25 anos, segundo os Estados Unidos. De acordo com o governo o americano, Ricardo César Guedes roubou a identidade de uma criança morta no país e se passou por ele por 25 anos até ser descoberto. As informações são da Folha de S.Paulo.
Ricardo usou o nome de William Ericson Ladd, que teria nascido em Atlanta, no estado da Geórgia, em 1974, e morrido cinco anos depois. Com a identidade, o brasileiro construiu uma carreira na aviação no país norte-americano, se casou e ainda comprou uma série de bens.
Como comissário de bordo, Ricardo chegou até mesmo ao cargo de de comissário sênio e participou de voos humanitários durante a retirada das tropas ocidentais do Afeganistão, em agosto de 2021.
Ricardo começou a ser investigado em 2022, quando foi se casar e sua esposa pediu para incluir o nome do marido. O Escritório de Assuntos Consulares do Departamento de Estado estranhou que o número de seguridade social tivesse sido emitido só quando ele tinha 22 anos, já que o documento muitas vezes é expedido para bebês, que precisam ser inscritos em planos de saúde dos pais ou em programas de benefícios do governo.
Como Ricardo conseguiu a identidade da criança morta segue como um mistério. De acordo com o governo dos EUA, ele entrou duas vezes no país com o nome brasileiro e visto de turista, em 1994 e 1996. No ano desta segunda viagem, Guedes conseguiu emitir um número de seguridade social (equivalente ao CPF no Brasil) com o nome de Ladd, morto havia 17 anos, no estado da Carolina do Norte, vizinho da Geórgia.