CONSEQUÊNCIA DA GUERRA
Busca por potássio triplica no Brasil com crise dos fertilizantes
Rússia era uma das principais exportadoras da substância para o Brasil
Por Da Redação
A crise dos fertilizantes, por consequência da Guerra na Ucrânia, fez com que 50 pedidos relacionados à extração de potássio fossem feitos para a Agência Nacional de Mineração (ANM) de janeiro a junho deste ano. O número é três vezes maior do que a média anual da última década, segundo levantamento do jornal Estado de S. Paulo.
De 2013 para cá, a média é de 13 requisições relacionadas à potássio na ANM por ano. No ano passado, foram apenas nove. Ainda assim, sem poder contar com a Rússia, outros países foram acionados para garantirem o estoque de fertilizantes ao Brasil, como Canadá, Marrocos e Irã.
No entanto, a corrida pelo potássio preocupa ambientalistas e comunidades indígenas. A maior parte dos cinquenta pedidos de extração se concentra no Amazonas, ao longo da calha do Rio Madeira. Também há pedidos para a extração na Bahia, Sergipe, Piauí, Minas Gerais e Goiás.
Com a escassez de fertilizantes, por conta da Guerra na Ucrânia, o Governo Federal e parlamentares discutiram a possibilidade de explorar novas áreas para a mineração, entre elas terras indígenas.
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), alegou que a aprovação do Projeto de Lei 191/20 poderia aumentar a exploração de potássio, usado como matéria-prima para fertilizantes. Um levantamento do Instituto Socioambiental (ISA), porém, apontou que a maioria das principais minas de potássio do país se encontra fora de terras indígenas.
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