BRASIL
Consumo das famílias brasileiras passará de R$ 8 trilhões em 2025
Pesquisa IPC Maps aponta para alta de 3,01% em relação a 2024
Por Redação

As famílias brasileiras deverão gastar cerca de R$ 8,2 trilhões ao longo deste ano. Com base na estimativa de 2% do PIB, essa movimentação representará um aumento real de 3,01% em relação a 2024, de acordo com o anuário IPC Maps 2025.
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A pesquisa aponta que a maior oferta de empregos formais mudou o perfil empresarial do país. Em 2025, o crescimento de empresas (4,2%) foi liderado pelas Microempresas (MEs), enquanto o número de MEIs se manteve estável.
No mercado consumidor, houve queda na participação das capitais (de 27,80% para 27,72%) e das regiões metropolitanas (44,63%), enquanto o interior ampliou sua presença para 55,37%. Ainda assim, o número de empresas cresceu 3,8% no interior e 4,6% nas capitais e regiões metropolitanas, acima da média nacional.
Base consumidora
A classe B2 representa cerca de R$ 1,8 trilhão dos gastos e, junto à B1, estão presentes em 22,1% dos domicílios, assumindo 40% (mais de R$ 3 trilhões) de tudo o que será desembolsado pelas famílias brasileiras.
Na sequência, abrangendo quase metade das residências (47,5%), estão C1 e C2 que deverão gastar pouco menos de R$ 2,6 trilhões (34,4%). Já o grupo D/E, que ocupa 27,7% das moradias, consumirá cerca de R$ 737,9 bilhões (9,8%) até o final do ano.
Embora em menor quantidade (apenas 2,7% das famílias), a classe A vem, cada vez mais, se distanciando socialmente dos menos favorecidos e ampliando sua movimentação para quase R$ 1,2 trilhões (15,9%).
Já na área rural, a expectativa é que o potencial de consumo chegue a R$ 602,1 bilhões (7,4% do total) ao longo de 2025.
Regiões
No ranking das regiões, o Sudeste segue no topo, respondendo por 48,1% do consumo nacional. Como já mencionado, a Região Sul, com 18,5% de representatividade, perde o segundo lugar para o Nordeste, que aumenta sua fatia para 18,6%. Na quarta posição vem o Centro-Oeste, com 8,8% e, então, a Região Norte, cuja participação é inferior a 6%.
Do ano passado para cá, os principais mercados vêm mantendo suas posições, sendo, em ordem decrescente: São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Brasília/DF, Belo Horizonte/MG, Curitiba/PR, Salvador/BA e Fortaleza/CE, entre outros
Na Bahia, Salvador lidera, seguida por Feira de Santana, Vitória da Conquista, Camaçari e Lauro de Freitas.
Hábitos de consumo
As preferências dos consumidores na hora de gastar seu dinheiro continuam sendo para a categoria de veículo próprio, cujas despesas devem somar R$ 885,9 bilhões, comprometendo 11,7% do orçamento familiar. O comportamento tem se repetido nos últimos cinco anos, chegando a superar, inclusive, segmentos como alimentação e bebidas no domicílio, que representam R$ 780,5 bilhões ou 10,3% do consumo domiciliar.
Ainda assim, os itens básicos são prioridade, com grande margem sobre os demais, conforme a seguir: 25,2% dos desembolsos destinam-se à habitação (incluindo aluguéis, impostos, luz, água e gás); 18,7% outras despesas (serviços em geral, reformas, seguros etc.); 6,7% são medicamentos e saúde; 4,6% alimentação e bebidas fora de casa; 3,8% materiais de construção; 3,5% educação; 3,4% vestuário e calçados; 3,4% recreação, cultura e viagens; 3,2% higiene pessoal; 3% móveis e artigos do lar e eletroeletrônicos; 1,4% transportes urbanos; 0,5% para artigos de limpeza; 0,4% fumo; e finalmente, 0,2% refere-se a joias, bijuterias e armarinhos.
Faixas etárias
Em crescimento, a população idosa deve chegar a 35,4 milhões em 2025. Já, a faixa etária economicamente ativa, de 18 a 59 anos, está bem próximo dos 128 milhões, representando 59,8% do total de brasileiros, em sua maioria, mulheres. Enquanto isso, jovens e adolescentes entre 10 e 17 anos somam apenas 23,4 milhões, perdendo para as crianças de até 9 anos, que totalizam 27 milhões.
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