INVESTIGAÇÃO
Governo suspeita de irregularidades no Auxílio Reconstrução no RS
No total, são 630 mil benefícios de R$ 5,1 mil para quem perdeu tudo nas enchentes
Por Da Redação
O governo federal elaborou um relatório para investigar os pedidos de Auxílio Reconstrução para as famílias que perderam tudo por conta das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul. Mais de 300 mil solicitações estão sendo investigadas por suspeita de irregularidade. As informações são do Jornal Nacional.
Dos mais de 600 mil pedidos, quase a metade ficou na malha fina. Segundo o relatório, 150 mil pessoas não moram em áreas que alagaram; 152 mil não tiveram endereço confirmado e 2,7 mil solicitaram o auxílio em mais de uma cidade.
"Se esta pessoa tentou cadastrar duas ou três famílias do mesmo endereço, ela não vai conseguir. Primeiro, porque nós temos o dado do Censo. Ele é bem atual, que mostra que naquele endereço tem uma residência. Segundo: nós temos a conta de luz, nós temos a conta d'água, nós temos o cartão do SUS, nós temos o CadÚnico, nós temos os dados da Receita Federal. Se a pessoa não comprovar, através de um documento público, que aquele endereço é o endereço onde ela efetivamente reside, ela não recebe”, disse o ministro da Secretaria de Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta.
O Auxílio Reconstrução, no valor de R$ 5,1 mil, é pago pelo governo para as famílias afetadas pelas enchentes. Segundo o relatório, golpistas usaram os nomes de mais de 1,2 mil pessoas mortas para pedir o benefício. "É lamentável que, em uma situação como essa, a gente tenha que enfrentar essa tentativa de fraude, que é tirar o dinheiro das pessoas que mais precisam na hora que elas mais precisam”, comentou Pimenta.
Segundo a Polícia Civil, após as enchentes surgiram novos golpes. "É normal que os criminosos visualizem um novo cenário, um cenário propício à prática de novos crimes. O que a gente sempre alerta para aquele que sofreu é que registre assim que souber da prática de um crime, de um golpe, registre a ocorrência na delegacia mais próxima. Para o beneficiário, para aquele que quer se beneficiar do crime, ele tem que saber que vai sofrer consequências, vai sofrer uma investigação e vai sofrer uma condenação. Ao final, vai ter que devolver esse valor”, pontou a delegada Luciane Bertoletti.
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