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CASO MARIELLE

Justiça mantém prisão preventiva de envolvido na morte de Marielle

Bombeiro foi condenado em 2021 por atrapalhar investigações da morte de vereadora e motorista Anderson Gomes

Por Da Redação

31/03/2024 - 14:46 h | Atualizada em 31/03/2024 - 15:11
Maxwell Simões Corrêa, chamado de Suel, está preso há três anos
Maxwell Simões Corrêa, chamado de Suel, está preso há três anos -

O juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, decidiu manter a prisão preventiva do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, chamado de Suel, suspeito de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista, Anderson Gomes.

Suel tinha sido preso em 24 de julho de 2023 em operação da Polícia Federal (PF). O ex-bombeiro foi condenado a 4 anos de prisão, em 2021, por atrapalhar as investigações sobre o crime, mas cumpria a pena em regime aberto.

De acordo com o jornal, ele teria monitorado a rotina da vereadora e ajudado Ronnie Lessa e Élcio Queiroz no sumiço das cápsulas de munição e no desmanche do carro usado no crime. Ele ainda havia sido preso em junho de 2020 por ser dono do carro usado para esconder a arma usada no assassinato: uma submetralhadora HK MP5 de fabricação alemã.

Em 24 de março deste ano, a PF afirmou ter concluído o caso, indiciando os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão como mandantes do crime. Também foram presos no mesmo dia o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, suspeito de impedir as investigações na cidade.

Marielle e Anderson foram assassinados em 14 de março de 2018, atingidos por 13 disparos, no bairro Estácio, no Rio. A vereadora foi seguida desde a Lapa, no centro da capital fluminense, onde participava de um encontro político.

Depoimento de Lessa

De acordo com a Agência Brasil, o ex-policial militar Ronnie Lessa afirmou, em depoimento de delação premiada, que Domingos Brazão colocou um homem infiltrado no PSOL para levantar informações sobre a vereadora Marielle Franco.

Conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Brazão foi preso na manhã de 24 de março, e é apontado pela PF como um dos mandantes do assassinato em parceria com o irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, que também foi preso.

No depoimento, Lessa afirmou que ouviu Brazão dizer que colocou Laerte Silva de Lima, acusado de pertencer a uma milícia que atua no Rio, para espionar políticos. Laerte se filiou ao partido em 2016, 20 dias após as eleições.

A afirmação está no relatório final da investigação da Polícia Federal, que concluiu que os irmãos Brazão foram os mandantes do assassinato de Marielle.

“Ronnie Lessa ouviu de Domingos Brazão que o infiltrado Laerte teria levantado que Marielle pediu para a população não aderir a novos loteamentos situados em áreas de milícia”, diz o relatório.

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Tags:

Anderson Gomes caso marielle marielle franco

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