Ministério não tem envolvimento em ataque hacker, diz Queiroga
Ministro evitou estimular diretamente vacinação de crianças e afirmou que esta "não é uma questão coletiva"
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta sexta-feira, 14, que, se ocorreu sabotagem aos sistemas da pasta, não houve participação do ministério. "Se houve sabotagem, deve ter sido... não foi por parte do ministério, tá? É de parte de criminosos. Tudo isso tá sendo apurado pela Polícia Federal. Onde falta transparência não é no nosso governo", declarou, durante visita ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj).
Queiroga deu a declaração ao ser perguntado sobre o apagão de dados da pasta e o pedido de parlamentares para investigar uma possível sabotagem.
Na visita, ele aplicou a terceira dose da vacina contra a covid-19 em Raphael Camara, secretário nacional de Atenção Primária do Ministério da Saúde, e atribuiu o "sucesso" da campanha de imunização ao "pressuposto da liberdade".
"Você me obrigou a estar aqui, ministro?", questionou o funcionário da pasta. "Não, nem eu nem ninguém, né?", respondeu o ministro.
Queiroga evitou estimular diretamente a vacinação de crianças. "Todos os pais que desejarem vacinar seus filhos terão vacina suficiente. Garantia que o Ministério da Saúde dá a cada pai e a cada mãe", disse. Quando perguntado se vacinaria um filho nesta idade, ironizou: "Se eu tivesse um filho dessa idade, minha mulher ia me pegar, cara".
O ministro ainda declarou que a imunização de crianças "não é uma questão coletiva". "É uma questão que os pais têm que tomar a decisão. Até porque a própria indústria farmacêutica não se responsabiliza por efeitos adversos e foi necessária a aprovação de uma legislação específica. Mas até o presente momento, as agências sanitárias, de uma maneira geral, tem atestado a segurança da vacinação", completou.