MOSSORÓ
Ministro da Justiça afirma que fugitivos planejavam fuga para exterior
Ricardo Lewandowski ainda afirmou que a dupla conseguiu ajuda externa para fugir da penitenciária
Por Da Redação
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, revelou nesta quinta-feira, 4, que os dois fugitivos da penitenciária federal de Mossoró (RN) contaram com ajuda externa e preparavam uma fuga para o exterior.
"Eles, obviamente, foram coadjuvados por criminosos externos. Tiveram auxílios de seus comparsas e das organizações criminosas às quais eles pertenciam", disse o ministro, durante pronunciamento.
Os fugitivos identificados como Deibson Cabral Nascimento, de 36 anos, conhecido como Martelo, e Rogério da Silva, de 34, conhecido como Deisinho ou Tatu, foram capturados nesta tarde em Marabá (PA), após ação das polícias Federal e Rodoviária Federal.
Segundo informações do Ministério da Justiça, a dupla manteve uma família como refém, durante fuga, além de terem sido avistados em comunidades diversas, chegaram a se esconder em uma propriedade rural e agrediram um indivíduo na zona rural de Baraúna.
Os investigadores suspeitavam que os dois detentos tenham sido mantidos por membros do Comando Vermelho do Rio de Janeiro em parte desse tempo.
O Ministério da Justiça afirma que houve falhas em procedimentos, mas descarta corrupção de agentes na fuga de dois presos da penitenciária federal de Mossoró, segundo apontou um relatório da corregedoria-geral da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), órgão ligado ao Ministério.
Fuga
Rogério Mendonça e Deibson Nascimento fugiram em 14 de fevereiro. Os dois presos retiraram as barras de ferro que estavam nas paredes das celas que se encontravam.
As barras de ferro foram usadas para perfurar uma abertura na esquadria onde havia uma luminária, cujas dimensões eram de 20x70cm. Os dois enrolaram o uniforme azul nas barras de ferro para fazer menos barulho.
Pessoas ligadas à investigação confirmaram que por estarem no Regime Disciplinar Diferenciado (RRD), os detentos não saíam para banho de sol, realizado em um solário individual dentro da cela dos presos.
Por isso, as celas não passavam por vistoria diária. A umidade acumulada nas paredes teria facilitado a retirada do reboco que cobria as ferragens, já que o local não passava por manutenção há muitos anos.
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