BRASIL
Morre aos 100 anos Clara Charf, viúva de Carlos Marighella
Charf foi uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores (PT)

Por Redação

A ativista de esquerda Clara Charf, ex-companheira do guerrilheiro e político Carlos Marighella, faleceu nesta segunda-feira, 3, aos 100 anos. A morte foi confirmada pela Associação Mulher pela Paz, fundada e presidida por ela.
"Clarinha morreu de causas naturais. Estava hospitalizada há alguns dias, intubada. Dentre as diversas atividades dessa guerreira, foi também idealizadora e fundadora da Associação Mulheres pela Paz, da qual era presidenta. Deixa um legado de lutas pelos direitos humanos e equidade de gênero", escreveu Vera Vieira, diretora-executiva da entidade em comunicado.
Quem era Clara Charf
Clara iniciou sua trajetória de militância aos 21 anos, quando se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1946. Durante a ditadura militar, após o assassinato de Marighella em 1969, Clara foi exilada para Cuba, retornando ao Brasil 10 anos depois. Ao voltar, participou da construção do Partido dos Trabalhadores (PT) e se filiou à sigla.
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Filha de judeus russos que fugiram da perseguição antissemita no Leste Europeu, Clara nasceu e foi criada em Recife. Desde jovem, esteve próxima de militantes comunistas e se envolveu ativamente na política brasileira. Sua trajetória é marcada pela luta pela democracia, pelos direitos humanos e pela emancipação feminina.
Durante o regime militar, Charf também integrou a Aliança Nacional Libertadora e teve seus direitos políticos cassados em 1964.
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