MENINO BERNARDO
Mulher condenada por assassinato de garoto é encontrada morta
Corpo de Bernardo foi encontrado enterrado às margens de rio, em abril de 2014
Por Redação

Edelvânia Wirganovicz, uma das quatro pessoas condenadas pelo assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, foi encontrada morta, nesta terça-feira, 22, no Instituto Penal Feminino de Porto Alegre. A suspeita é de suicídio. A Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias investigam as causas da morte.
A mulher, que era amiga da madrasta do garoto, Graciele Ugulini, cumpria pena em regime semiaberto após ter a prisão domiciliar revogada, em fevereiro de 2025. Ela havia sido condenada a 22 anos e 10 meses de reclusão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Segundo o G1, em 2023, uma decisão do juízo da 2ª Vara de Execuções Criminais da comarca de Porto Alegre determinou que Edelvânia utilizasse tornozeleira eletrônica em razão da falta de vagas no sistema prisional.
Bernardo foi morto em abril de 2014, em Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul. Foi ela quem indicou onde o corpo dele etava enterrado. Ele tinha sido visto pela última vez, na noite do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de uma amigo. O corpo só foi encontrado 10 dias depois, enterrado às margens de um rio, em Frederico Westphalen.
A família materna de Bernado diz que, de acordo com o atestado de óbito, ele foi morto no dia 4 de abril de "forma violenta". A causa da morte não foi apontada no docuemento, já que o corpo estava "em adiantado estado de putrefação".
Condenados
Além de Edelvânia, o pai de Bernardo, Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, foram condenados em juri popular. O pai, a madrasta e a amiga foram denunciados por homicídio quadruplamente qualificado por motivos torpe e fútil, emprego de veneno e recurso que dificultou a defesa da vítima. Já Evandro foi condenado por homicídio simples. Todos foram acusados de ocultação de cadáver.
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As penas
Graciele Ugulini, a madrasta - 34 anos e sete meses de prisão.
Leandro Boldrini, o pai - 33 anos e oito meses de cadeia.
Edelvânia Wirganovicz - 22 anos e 10 meses de prisão.
Evandro Wirganovicz - nove anos e seis meses em regime semiaberto.
Os outros condenados
Leandro Boldrini, atualmente, cumpre pena em regime semiaberto. Em março de 2024, Boldrini foi selecionado para uma vaga no programa de residência médica do Hospital Universitário, mantido pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Ele não tinha, até o momento, impedimento para exercer a medicina. Em fevereiro de 2025 porém, Leandro teve o registro cassado pelo Conselho Federal de Medicina (Cremers) e foi desligado do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm).
Na última semana, Graciele Ugulini, foi autorizada a ir para o regime semiaberto.
Evandro Wirganovicz já cumpriu a pena, que foi extinta em janeiro de 2024, e está solto.
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