OBSTÁCULO
Nardoni pode ter liberdade negada após recusar fazer teste; entenda
Exame criminológico é necessário para que indivíduo possa migrar ao regime aberto
Por Da Redação
Alexandre Nardoni poderá ter dificuldades para obter o regime aberto. Condenado a mais de 30 anos pela morte da própria filha, em 2008, ele vai ter cumprido dois quintos da pena e poderá deixar o presídio.
O problema é que, segundo o promotor Luiz Marcelo Negrini, em entrevista ao O Globo, para obter o regime aberto, Nardoni vai ter que fazer o exame criminológico e o teste de Rorschach, para mostrar como lida com o crime que cometeu.
Neste caso, o empecílho está justamente no fato dele nunca ter confessado oficialmente que matou Isabella Nardoni. Alexandre sustentou ser inocente no Tribunal do Júri, em 2010, e em todos os exames criminológicos que fez dentro de Tremembé.
De acordo com a versão dele, um ladrão entrou em seu apartamento quando a menina estava sozinha. O assaltante teria pego uma tesoura na gaveta da cozinha, cortado a tela de proteção da janela do quarto das crianças e arremessado a vítima lá do alto.
Teste de Rorschach
Conhecido como “teste do borrão de tinta”, o exame de Rorschach traz dez pranchas brancas, oito delas com manchas abstratas pretas e duas com desenhos coloridos. O psicólogo apresenta uma a uma ao detento, que precisa dizer o que vê em cada uma delas durante duas horas.
É comum que criminosos, principalmente os não-confessos, evitem passar pelo teste por receio de que ele revele elementos como uma personalidade violenta e desejos assassinos.
Ao final da aplicação, o profissional responsável elabora laudos remetidos ao juiz responsável, que leva o resultado em consideração ao decidir se autoriza ou não a liberdade.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes