BRASIL
Pai de Juliana Marins critica guia de turismo: "Se afastou para fumar"
Brasileira foi encontrada morta no Monte Rinjani na Indonésia
Por Redação

O pai de Juliana Marins, Manoel Marins, falou pela primeira vez após a morte da filha que foi encontrada sem vida após cair de um penhasco em uma trilha do Monte Rinjani, na Indonésia.
Leia Também:
Ao Fantástico, da TV Globo, ele criticou a postura do guia de turismo que acompanhava o grupo.
"Juliana falou para o guia que estava cansada e o guia falou: ‘senta aqui, fica sentada’. E o guia nos disse que ele se afastou por 5 a 10 minutos para fumar. Para fumar! Quando voltou, não avistou mais Juliana. Isso foi por volta de 4h. Ele só a avistou novamente às 6h08, quando gravou o vídeo e o enviou ao chefe dele”, disse Manoel Marins em entrevista exibida no domingo, 29.
A família também põe em xeque a postura da família quanto ao socorro prestado. O parque acionou uma brigada de primeiros socorros apenas às 8h30, e a equipe só chegou ao local do acidente por volta das 14h.
“O único equipamento que tinham era uma corda. Jogaram na direção da Juliana. Depois, no desespero, o guia amarrou a corda na cintura e tentou descer sem ancoragem”, relatou o pai de Juliana.
A Defesa Civil da Indonésia (Basarnas) só foi acionada mais tarde e, de acordo com a família, só chegou ao local às 19h. Juliana foi encontrada morta dois dias após o acidente. O laudo que atestou o óbito apontou apontou hemorragia interna causada por uma lesão no tórax.
"Os culpados, no meu entendimento, são o Guia, que deixou Juliana sozinha para fumar, 40 ou 50 minutos, tirou os olhos dela. A empresa que vende os passeios, porque esses passeios são vendidos em banquinha como sendo trilhas fáceis de fazer. Mas o primeiro culpado, que eu considero o culpado maior, é o coordenador do Parque. Ele demorou a acionar a Defesa Civil", desabafou Manoel.
Relembre a morte
A brasileira Juliana Marins sofreu uma queda de cerca de 600 metros enquanto percorria a trilha do vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia na última sexta-feira, 20.
O caso de Juliana repercutiu após críticas quanto à demora de resgate da jovem de 26 anos, moradora de Niterói (RJ). Um dia depois, câmeras de drones registraram a jovem imóvel. O corpo dela só foi resgatado quatro dias depois da queda, a 600 m de distância da trilha.
A causa da morte de Juliana Marins foi um trauma contundente, que provocou danos a órgãos internos e hemorragia.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes