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Pelo segundo dia consecutivo, Telegram segue suspenso no Brasil

Diretor executivo da empresa afirmou que vai recorrer da decisão de Justiça Federal do Espírito Santo

Publicado sexta-feira, 28 de abril de 2023 às 10:40 h | Atualizado em 28/04/2023, 11:10 | Autor: Da Redação
Justiça brasileira solicitou dados de grupos neonazistas que agem dentro da plataforma
Justiça brasileira solicitou dados de grupos neonazistas que agem dentro da plataforma -

O aplicativo de mensagens Telegram continua suspenso no Brasil e completa, nesta sexta-feira, 28, dois dias sem funcionar. A medida foi decretada pela Justiça Federal do Espírito Santo em decorrência de uma investigação da Polícia Federal (PF) envolvendo ameaças e ataques a instituições de ensino.

Há dois dias, a troca de mensagens através da plataforma não é mais possível em território brasileiro. Os usuários que tentam enviar algum tipo de material, seja ele em texto ou audiovisual, se deparam com o conteúdo parado. Desde o início do bloqueio, as redes sociais foram tomadas de reclamações da decisão judicial.

A suspensão do sistema foi solicitada por não cumprimento de determinações judiciais. Em meio a uma investigação relacionada à recente onda de violência nas escolas, o Telegram deixou de entregar às autoridades dados de grupos neonazistas que agem na plataforma.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, 27, o diretor executivo da plataforma, Pavel Durov, afirmou que vai recorrer da decisão e prometeu "defender a privacidade e a liberdade de expressão" dos utilizadores. 

"Não importa o custo, defenderemos nossos usuários no Brasil e seu direito à comunicação privada", declarou.

Ainda segundo Durov, os dados solicitados pela Justiça brasileira, que determinou multa de R$ 1 milhão para cada dia que o Telegram não colabore integralmente com a investigação, são "tecnologicamente impossíveis de serem coletados". 

"Estamos recorrendo da decisão e aguardando a resolução final", informou. "Tais eventos, embora infelizes, ainda são preferíveis à traição de nossos usuários e às crenças nas quais fomos fundados", argumentou o diretor executivo da Telegram no comunicado.

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