SITUAÇÃO INUSITADA
"Pensei que tinha morrido", diz mulher agredida com carrinho
Mulher atacada por desconhecido no supermercado cobra posicionamento das autoridades
Por Da Redação
A mulher que foi agredida por um homem com um carrinho de supermercado na última quinta-feira, 16, na cidade de Santo Antônio do Descoberto, em Goiás, deu a versão dela do fato.
Em entrevista no programa Encontro, da Rede Globo, a vítima, que não quis se identificar, relatou que foi ao supermercado rapidamente para fazer compras. Quando já estava na fila, ela se deparou com o homem identificado como Rogério Santos da Silva, de 37 anos, que viria a agredi-la.
De acordo com a mulher, o carrinho do homem não estava muito cheio e ele seria o próximo a passar as compras. Ela estava trocando mensagens no celular e viu quando Rogério saiu da fila para o lado. Ao dar um passo à frente, a vítima disse ter sentido o impacto do carrinho e uma dor intensa.
"Eu apaguei na hora. Ficou tudo escuro, eu não sei nem descrever, a dor foi tão intensa. Eu pensei que eu tinha morrido, porque apagou tudo. Eu escutei a minha cabeça quebrando. Foi uma dor”.
A vítima disse que o homem não parecia agressivo, apenas uma pessoa normal. "Ele parecia um pai de família normal. O supermercado não é um ambiente hostil, é um ambiente onde as famílias estão ali comprando alimentos para levar para casa", ressaltou.
A vítima também salientou que, após o episódio, tem vivido momentos de dor psicológica e moral. Ela também questiona a posição do delegado Guilherme Carvalho Rocha, que considerou o fato como lesão corporal leve e não tentativa de homicídio.
"Além da agressão física, eu estou sentindo a dor psicológica e moral também. Faço uma pergunta às autoridades competentes: se fosse a sua mãe, se fosse a sua filha, se fosse a sua esposa, você consideraria este crime uma lesão corporal leve ou uma tentativa de homicídio? Um crime de menor potencial ou atentado a vida?", completou.
O homem, que tem passagem pela polícia por tentativa de homicídio, no âmbito de violência doméstica, registrada em 2021, vai responder em liberdade. Ele foi encaminhado à delegacia, mas como o caso foi registrado como lesão corporal de natureza leve, o agressor assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado.
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