BRASIL
Polícia prende suspeito de chefiar ataque em assentamento do MST
Situação aconteceu em Tremembé, no Vale do Paraíba
Por AFP e Agência Brasil
Após ataque ao assentamento Olga Benário, localizado em Tremembé (SP), no Vale do Paraíba, a cerca de 140 quilômetros da capital paulista, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), onde dois assentados foram mortos a tiros no sábado, 11, a Secretária de Segurança Pública de São Paulo anunciou que a Polícia Civil prendeu um suspeito de ser o autor intelectual do ataque "reconhecido por testemunhas que viram os criminosos chegando ao local em carros e motos e momentos depois atiraram".
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O crime teria sido motivado por "um desentendimento sobre a negociação de um terreno na área de assentamento" onde ocorreu o ataque, acrescentou a SSP em nota.
"O presidente Lula ligou para a Direção Nacional do MST, expressou solidariedade ao movimento e às famílias" das vítimas, informou o MST no X. "Os corpos das duas vítimas ainda não foram liberados do IML [Instituto Médico Legal], e o velório está previsto para amanhã [domingo] pela manhã", acrescentou o movimento fundado em 1984.
Segundo Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, que visitou o local, "no total foram oito atingidos" pelos disparos, e um dos mortos no ataque foi Valdir do Nascimento, de 52 anos, líder do MST na região.
O coordenador nacional do MST, Gilmar Mauro, disse ao site UOL que Nascimento foi morto com muitos tiros na cabeça, "o que prova que esse grupo foi lá para aniquilá-lo".
Proteção
Diante da repercussão, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (Mdhc) anunciou que vai oferecer assistência e proteção às lideranças e demais moradores do Assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
“O MDHC, por meio do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas, está buscando mais informações sobre os fatos ocorridos e oferecerá assistência para as lideranças do assentamento e sua coletividade”, anunciou o ministério, em nota divulgada esta tarde.
Também em nota, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, repudiou o “atentado praticado por criminosos ainda não identificados”. “O MDA repudia o crime e manifesta solidariedade e apoio aos assentados da reforma agrária, especialmente às famílias de Valdir do Nascimento e do jovem Gleison Barbosa Carvalho, brutalmente assassinados neste caso”.
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