IDENTIFICADO
Policial acusado de ameaçar Natuza Nery é bolsonarista e defendeu golpe
Policial é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) E fazia publicações nas redes sociais defendendo intervenção militar
Por Redação
O policial civil que ameaçou a jornalista e comentarista de política da Globonews Natuza Nery em um supermercado na região de Pinheiros, em São Paulo, na noite de segunda-feira (30) foi identificado. Trata-se do investigador de classe especial Arcenio Scribone Junior.
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Conforme apuração do site Metrópoles, Arcenio era apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) E fazia publicações nas redes sociais defendendo intervenção militar e questionando o resultado da eleição de 2022. Ele dizia que o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a “esquerda no geral” formavam uma “quadrilha”.
Em 8 de dezembro de 2022, o investigador publicou no Twitter uma foto de uma manifestação a favor de um golpe de Estado no país e escreveu: “Nessas horas tenho orgulho de ser brasileiro. Nosso povo está vivo”. Na imagem, é possível ver faixas com os dizeres: “Forças Armadas salvem o Brasil”.
Uma outra fotografia, publicada no mesmo dia, sugere que ele esteve em frente ao Comando Militar do Sudeste, sede do Exército que fica na capital paulista, para defender a intervenção. “Temos muitas pessoas no Ibirapuera”, afirma na legenda. “Resistência”, “Brazil was stolen (Brasil foi roubado)”, dizem cartazes que aparecem na imagem.
Dias depois, em 12 de dezembro, Arcenio divulgou uma notícia falsa dizendo que Bolsoanro, derrotado no segundo turno do pleito presidencial, teria na verdade obtido 73,5% dos votos, contra 26,5% do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito na ocasião.
“Esta é a realidade que a mídia tentou esconder dos brasileiros”, diz o texto. Segundo a postagem, o “resultado real das urnas” teria sido obtido após hackers “quebrarem os códigos fonte”.
O investigador recebeu mais de R$ 15 mil do governo do estado no mês de novembro. Após a suposta ameaça à apresentadora, Arcenio se tornou alvo de uma investigação na Corregedoria da Polícia Civil e pode ser expulso da corporação.
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