TURMA DA MÔNICA
Política é assunto intocável nos gibis, diz Mauricio de Sousa
Ex-presidente de associação tida como de esquerda, criador de histórias infantis diz que não quer fazer algo que magoe
Por Da Redação

Criador da Turma da Mônica, Mauricio de Sousa, que deixou a atividade de cartunista para supervisionar os 400 artistas que emprega, disse que política é um assunto intocável nos gibis. “Eu sou sensível ao que pode magoar e não ser aceito pela família”, disse Mauricio de Sousa em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo neste sábado, 23.
Mauricio de Sousa presidiu, no período da Ditadura Militar, a Associação dos Desenhistas de São Paulo, que era tida como comunista na época. Seu cargo fez com que suas tirinhas fossem banidas dos jornais.
“Meus personagens são crianças, e criança não mexe com política. A gente não faz ativismo. Tenho que usar o velho recurso da borracha. ‘Apaga.’ Isso é intocável”, justificou.
Apesar dos cuidados com o envolvimento com política nas tirinhas, Mauricio de Sousa diz que tem feito adaptações aos tempos atuais e alegou que planeja personagens gays, além de prometer dar à personagem Milena o mesmo protagonismo de Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão. Milena foi criada há cinco anos e é a primeira garota negra dos gibis.
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