POLÍCIA
Preso por homofobia, nutricionista tem histórico policial extenso
Homem foi preso após agredir e insultar clientes em bar
Por Da Redação
Daniel Azevedo Novais, nutricionista de 38 anos, foi preso na noite de sábado (7/9) após protagonizar um ataque homofóbico contra um assessor da Secretaria de Relações Institucionais do Governo do Distrito Federal (GDF), é um velho conhecido da polícia.
Apesar de ter sido liberado pela Justiça nesta segunda-feira (09) após a detenção por injúria preconceituosa, Novais já possui um histórico policial significativo. Em 2010, ele esteve envolvido em uma das maiores apreensões de ecstasy daquele ano, sendo encontrado com 800 comprimidos da droga. Na ocasião, foi solto em menos de 24 horas devido à ausência de antecedentes criminais.
Cinco anos depois, Daniel Azevedo Novais foi acusado de injúria. Na ocasião, o nutricionista teria humilhado uma atendente de uma loja de conveniência, chamando-a de “preguiçosa e pobre”. De acordo com o boletim de ocorrência, Novais, aparentemente embriagado, entrou no estabelecimento e perguntou à vítima sobre “aqueles viados”. Quando a mulher respondeu que não sabia a quem ele se referia, começou a ser atacada verbalmente.
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A atendente relatou que Novais se gabava de ser “empresário e rico”, enquanto a descrevia como “pobre”. Ele teria afirmado que, enquanto “comia sushi”, a mulher precisava trabalhar por não ter dinheiro.
A denúncia foi registrada na 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte). Após prestar depoimento, Daniel Azevedo Novais teria retornado à loja para ofender novamente a atendente. Nesse segundo incidente, o nutricionista a chamou de “lixo, bosta, nojenta e merda”, além de se vangloriar de sua riqueza e afirmar que não passaria “nenhum dia na cadeia”.
Em 2022, Novais enfrentou novas acusações, desta vez por calúnia, difamação, injúria, extorsão e crimes cometidos pela internet. Os denunciantes são dois empresários que gerenciavam bares e restaurantes frequentados por Daniel. Segundo o relato, o nutricionista publicou um vídeo no Instagram em outubro daquele ano, acusando os empresários de tê-lo envenenado e de “atirar de raspão” contra ele.
Na gravação, conforme descrito na ocorrência, Novais também acusou as vítimas de serem responsáveis por vários crimes e, em um segundo vídeo, chamou os empresários de “filhos da puta, otários, merdas” e insinuou que eles tinham um relacionamento amoroso.
De acordo com o assessor da Secretaria de Relações Institucionais do Governo do Distrito Federal Igor de Oliveira Saraiva, de 35, ele e três amigas chegaram ao bar por volta de 21h30, do sábado (7/9), e aguardaram até uma mesa ser desocupada. Quando um funcionário do estabelecimento levou os quatro clientes ao local em que eles ficariam, viu que já havia um homem lá, que foi orientado a ocupar o espaço ao lado.
Com isso, Igor e suas amigas se aproximaram das cadeiras onde estavam outros três homens, incluindo o nutricionista Daniel Azevedo Novais.
De acordo com o assessor, Novais era o homem mais velho da mesa e “comandava” os ataques. “Ele começou a me provocar, dizendo que minhas amigas eram ‘velhas’ e que elas deveriam ser mais jovens para sentar ao lado dele. Quando uma delas se levantou, ele comentou que a ‘bunda dela até que era gostosa’”, relatou o servidor.
Igor relatou à delegacia que os insultos se tornaram cada vez mais agressivos e que o nutricionista passou a chamá-lo de “viadinho” e “queima-rosca” repetidamente. “Logo em seguida, ele começou a atirar objetos nas minhas costas, que eu não consegui identificar. Chamei os funcionários do bar para relatar a situação, mas disseram que não podiam fazer nada porque o estabelecimento não tinha segurança”, contou o assessor.
Quando um amigo de Igor chegou ao bar, tentou intervir e convencer Novais a parar com os ataques, mas foi recebido com ameaças. A Polícia Militar foi chamada e equipes do Grupo Tático Operacional (GTOp) do 3º Batalhão compareceram ao local, conduzindo Daniel Novais e outro homem da mesa até a 5ª Delegacia de Polícia.
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