DEPOIMENTO
Procurador da Lava Jato recebia propina de doleiros, diz Tacla Duran
Carlos Fernando dos Santos Lima atuou por quatro anos na força-tarefa
Em depoimento na terça-feira, 9, o advogado Rodrigo Tacla Duran acusou o ex-procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que atuou na Operação Lava Jato, de receber propina para que doleiros não fossem processados pela força-tarefa. As informações são da coluna de Chico Alves, no UOL.
Carlos Fernando atuou por quatro anos na força-tarefa do Ministério Público Federal e era considerado um dos principais estrategistas da Lava Jato. Já Rodrigo Tacla Duran é réu pelo crime de lavagem de dinheiro em um dos processos.
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Tacla Duran declarou no testemunho que o doleiro chinês naturalizado brasileiro Wu Yu-Sheng pagou 500 mil dólares a advogados que integravam o esquema.
"Essa proteção era praticada mediante a cobrança de uma taxa, para que o doutor Carlos Fernando se comprometesse à não-persecução penal (sic) desses doleiros que participavam da mesada, entre eles o Wu", explicou Tacla Duran na audiência. "Ele passou a ajudar a pagar esse valor todo mês, por muito tempo".
"Alguns não tinham o que delatar, na verdade, e eram forçados para não serem presos", conta Tacla Duran.
Em depoimento anterior, Tacla Duran fez denúncias contra o ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, e contra promotor Deltan Dallagnol. Ambos se tornaram parlamentares e as denúncias foram encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal.
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