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Professor de medicina que usou ‘blackface’ durante a aula pede desculpas

Publicado sexta-feira, 09 de outubro de 2020 às 13:44 h | Atualizado em 09/10/2020, 13:46 | Autor: Da Redação
Professor usou máscara preta para mostrar aos alunos como atender pacientes pobres | Foto: Reprodução
Professor usou máscara preta para mostrar aos alunos como atender pacientes pobres | Foto: Reprodução -

O professor Ronald Pallotta, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, se desculpou após usar ‘blackface’ na sala de aula para mostrar aos alunos como atender pacientes pobres. De acordo com informações do UOL, ele foi suspenso pela instituição de ensino.

"Gostaria de expressar a todos os meus pedidos de desculpas e esclarecer o ocorrido. A utilização da máscara tinha por finalidade apenas demonstrar que se tratava de uma encenação, sem qualquer referência à raça do personagem que tentei no meu amadorismo representar", alegou Ronald, em uma nota enviada ao UOL.

Ao se explicar, o professor disse que não teve a intenção de ser racista ou discriminar as pessoas. Ele ainda contou que após o ocorrido decidiu pesquisar sobre o ‘blackface’, prática considerada racista.

"Em nenhuma hipótese tive a intenção de expor qualquer conteúdo de índole racista e sequer era familiarizado com o conceito de , sobre o qual fui procurar me informar após a repercussão negativa", disse. "Ao compreender o que isso representa hoje, me sinto constrangido, mas ao mesmo tempo reafirmo que jamais tive a intenção de ofender. Trata-se de [uma] inocente e infeliz escolha", acrescentou.

Ainda segundo o UOL, a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo expressou um comunicado afirmando ser contra atitudes preconceituosas. Além da suspensão, uma sindicância foi aberta e o caso pode resultar no afastamento do professor.

"A Sindicância, que assegura ao médico o exercício da ampla defesa e do contraditório, tem a duração máxima de 60 dias. Durante a sua duração, o professor está suspenso de suas atividades didáticas. A Direção da Faculdade também comunicou o Núcleo de Direitos Humanos e Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) da instituição, para as providências que essa instância julgar necessárias", diz o comunicado.

"A instituição informa que repudia veementemente qualquer ação de cunho sexista, racista ou preconceituosa. Foi instaurada pela Direção da Faculdade uma Sindicância Interna para apuração dos fatos, que pode resultar, de acordo com o Regimento Interno da Faculdade, no afastamento do médico envolvido".

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