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Brasil
Rui Costa diz que prioridade é acabar com a fome e critica Bolsonaro
Ministro da Casa Civil afirmou que ex-presidente, agora nos Estados Unidos, abandonou país durante mandato
Agora ministro da Casa Civil, o ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT), destacou neste domingo, 1°, que as prioridades do presidente Lula no terceiro mandato são erradicar a fome, “cuidar” da educação e da saúde e fazer o país crescer novamente.
“Para gerar emprego e melhorar a vida do povo, o Brasil precisa crescer. Sem crescimento não vai ter arrecadação e sem arrecadação não tem como tocar as coisas. Então, é preciso crescer e gerar emprego”, disse o político, após a cerimônia de transmissão de cargo para Jerônimo Rodrigues (PT), na Assembleia Legislativa da Bahia.
Questionado pela reportagem de A TARDE sobre a viagem de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, Rui Costa criticou o governo do ex-presidente e destacou que o Brasil parou no tempo durante os últimos anos. “Ele abandonou o país desde o dia que ele assumiu. Ele abandonou o combate à pandemia, desprezou a vida das pessoas, abandonou a capacidade de gerir a coisa pública”.
Como exemplo dos prejuízos que o país enfrenta, o ministro citou obras que ficaram paradas na gestão Bolsonaro, na área da infraestrutura. Ele disse que desde o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff, não houve “planejamento” para iniciar ou finalizar projetos. “A Dilma deixou a duplicação da 101, que dá 160 quilômetros. Nesses oito anos, apenas 17 quilômetros foram feitos”.
Rui Costa ainda revelou que 500 escolas e creches na Bahia estão com as obras paralisadas. “Nós vamos ter que recadastrar todas essas obras, porque não são ruínas. São obras que estão, muitas delas, com 50% ou 70% [estágio de conclusão] e apenas foram deletadas do sistema, como se o governo federal não tivesse mais responsabilidade sobre essas obras”.
Questionado sobre os primeiros atos como ministro, o ex-governador disse que vai exonerar 1.204 pessoas do quadro federal.
Entrega da faixa
Rui Costa concedeu entrevista pouco antes de embarcar para Brasília, onde vai acompanhar a posse presidencial de Lula. O ministro disse que ainda não sabe quem vai fazer a tradicional entrega da faixa ao petista.
“Não se tem informação se alguém aparecerá [para entregar a faixa]. No caso, só tem uma pessoa para aparecer lá, que é o vice-presidente [senador eleito Hamilton Mourão]. Se ele resolver ir lá, ele tem o direito de ir lá, ele é o presidente em exercício, a fazer a passagem do cargo. Mas, até agora nenhuma sinalização desse sentido”, completou.
