"PEDE TERESA"
Saiba quem é a argentina que cometeu ato racista no samba
Influenciadora digital Bárbara Carine comentou o caso e afirmou que o racismo cometido por argentinos contra brasileiros é estrutural
Por Da Redação
Na última sexta-feira, 19, o vídeo de um casal fazendo gestos racistas e imitando macaco em um samba do Rio de Janeiro, durante o evento de samba "Pede Teresa", chocou a web. O registro mostra um homem e uma mulher, de forma vexatória e chamativa, dançando e gritando imitando sons do animal no evento, predominantemente frequentado por pessoas negras
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Logo o vídeo viralizou com o intuito de encontrar o casal. Apenas a mulher foi identificada: trata-se da argentina Carolina de Palma.
Sua nacionalidade intrigou alguns criadores de conteúdo como Bárbara Carine, conhecida nas redes sociais como "uma intelectual diferentona". A influencer, professora, escritora e palestrante publicou um vídeo nas redes sociais contando como recebeu o vídeo para fazer a denúncia:
"Quando eu recebi o vídeo, eu estava chegando para dar uma palestra em Petrópolis, faltava meia hora para eu entrar, para começar a palestra, e o Thiago, meu companheiro, me mandou no WhatsApp o vídeo a pedido de um dos membros do grupo Pede Teresa, que é muito seu amigo, e pediu que o Thiago me enviasse para eu fazer a divulgação, a denúncia do caso", explicou.
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A professora falou sobre como ficou feliz com o movimento de várias pessoas divulgando ainda mais o vídeo.
"Chegaram na moça, identificaram a moça, porque essa era a finalidade de divulgar o vídeo, não é só a gente ficar falando de um modo inócuo, de um modo que identificar essas pessoas para que elas respondam por esse crime, e a Carolina de Palma já foi identificada", afirmou a intelectual.
Segundo Bárbara, em seu primeiro post no Instagram, internautas já suspeitavam da nacionalidade argentina do suposto casal, fazendo com que ela pensasse nesses movimentos racistas rotineiramente cometidos por argentinos no Brasil:
"Eu fiquei pensando na própria seleção argentina de futebol, que, recentemente, estava cantando uma música racista e transfóbica", explicou.
De acordo com Bárbara, sua militância não é para lançar hate contra a Argentina, pois isso já é antigo no futebol, mas sim para que entendam as raízes estruturais desse problema.
A intelectual aproveita para alertar que ainda precisa identificar o homem ao lado da argentina, mas afirma que é um brasileiro. "Quero encerrar dizendo que tem um outro homem branco aí que ninguém identificou e que ele é brasileiro. O racismo no Brasil existe e é muito forte. Não temos uma população de 3% de negros, temos uma população de 54% de negros. Criamos estratégias diversas por meio dos nossos movimentos quilombolas para resistir, mas ainda hoje sofremos com os reflexos brutais do racismo estrutural em nosso país", completou.
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