CASO
Turista estrangeira denuncia estupro coletivo em boate do Rio
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e está sob sigilo
Por Da Redação
Uma turista estrangeira escreveu uma carta denunciando ter sido vítima de estupro coletivo em uma boate na Lapa, no Rio de Janeiro, no último domingo, 31. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e está sob sigilo.
A vítima enviou a carta à comissão de Defesa da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), e alegou que foi levada por um homem para um quarto escuro, conhecido em boates como "dark room". No depoimento, ela afirma que estaria sendo levada a uma outra pista de dança da boate Portal Club, mas no local, foi vítima de estupro coletivo.
"Não sei como deixei aquele quarto. Quando recuperei um pouco a consciência estava sentada em uma cadeira dentro da boate, chorando e gritando com minha amiga de um lado e uma segurança do outro", escreveu a turista.
Ela afirma que, após sair do dark room, procurou os seguranças da casa, mas não sabe falar português e não entendeu o que eles diziam. Depois, uma mulher que havia conhecido na boate intermediou a comunicação. "Quando ela entendeu o que estava acontecendo começou a gritar também, mas o segurança mandou a gente parar de gritar", disse a vítima, que reforçou, ao longo do relato, que os seguranças da casa noturna não foram ágeis no auxílio.
"No caminho percebi os riscos das relações sexuais, não sabia se tinham usado camisinha ou não, comecei a entrar em pânico de novo, não conseguia respirar", escreveu a turista. Ela disse ainda que depois procurou um hospital, onde foi tratada da "melhor maneira possível".
A turista havia planejado a viagem ao Brasil com a amiga para estudar na Bahia, mas passou antes no Rio para conhecer a cidade. Logo após o caso, ela deixou o país.
A boate foi interditada nesta quinta-feira, 4, pela prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Ordem Pública. A pasta afirma que a medida foi tomada "preventivamente para preservar a segurança e a ordem pública e para que o local permaneça fechado até o encerramento das investigações".
Em nota divulgada em seu perfil no Instagram, o Portal Club afirma que "repudia veementemente e nunca irá apoiar qualquer forma de intolerância, opressão ou violência contra mulheres". A direção da casa diz ter acolhido a vítima e fornecido imagens e áudio do circuito de segurança à investigação, bem como os dados dos clientes presentes naquele dia.
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