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BRASIL

Vítima relata cegueira temporária após beber gin com metanol

Outra vítima está internada em estado grave há 28 dias

Redação

Por Redação

29/09/2025 - 7:57 h
Bebidas contaminadas vão ser analisadas em laboratório
Bebidas contaminadas vão ser analisadas em laboratório -

Um grupo de amigos viveu momentos de terror após ingerirem gin com energético comprados em uma adega conhecida da capital paulista. A bebida estava com metanol dentro, substância que pode atacar os rins, fígado e cérebro.

É o caso do estudante Diogo Marques que ficou sem enxergar após ingerir a bebida. “Acordei, abri os olhos e estava tudo preto, com uma dor de cabeça muito forte”, disse Marques em entrevista ao Fantástico.

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Diogo precisou ficar internado três dias após exames detectarem metanol em seu sangue. "É assustador. Meu amigo está internado há um mês", contou.

O amigo a quem ele se refere é Rafael, internado em estado grave há 28 dias. Ele está em coma desde 1º de setembro, quando foi diagnosticada a ingestão de bebida adulterada. A mãe, Helena Martins, descreveu o quadro como irreversível.

“Ele está respirando pelo ventilador, não tem fluxo sanguíneo cerebral. Segundo a medicina, é irreversível", ressaltou.

A polícia apreendeu garrafas de gin no local e as encaminhou para perícia. Ainda não há informações sobre a origem da contaminação. O metanol é um álcool usado na indústria para solventes e produtos químicos.

O Ministério da Justiça emitiu nota de alerta, informando que a ingestão de metanol ocorreu em ambientes sociais, com diferentes tipos de bebidas, como gin, uísque e vodca.

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Veja o que diz a Secretaria Estadual da Saúde

“O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) do Estado de São Paulo informa que, desde junho deste ano, foram confirmados seis casos de intoxicação por metanol, dos quais dois resultaram em óbito — um em São Bernardo do Campo e outro na capital.

Atualmente, há dez casos sob investigação com suspeita de intoxicação por consumo de bebida contaminada, na capital.

O CVS está apoiando e monitorando o trabalho dos Municípios na fiscalização dos estabelecimentos de comércio de bebidas (distribuidoras, bares etc.) envolvidos na comercialização e distribuição dos produtos contaminados. O CVS reforça que o consumo de bebidas alcoólicas de origem clandestina ou sem procedência confiável representa risco à saúde, já que podem conter substâncias tóxicas.

A recomendação é que bares, empresas e demais estabelecimentos redobrem a atenção quanto à procedência dos produtos oferecidos, e que a população adquira apenas bebidas de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal, evitando opções de origem duvidosa e prevenindo casos de intoxicação que podem colocar a vida em risco.”

Confira nota do governo federal

“Nesta sexta-feira (26), a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad/MJSP) recebeu, por meio do Sistema de Alerta Rápido (SAR), notificação que reporta nove casos de intoxicação por metanol, no estado de São Paulo, num período de 25 dias, todos a partir da ingestão de bebida alcoólica adulterada.

O número de casos registrado, inicialmente, pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), de Campinas (SP), e encaminhado ao Comitê Técnico do SAR é considerado fora do padrão para o curto período de tempo e também por desviar dos casos até hoje notificados de intoxicação por metanol.

O Ciatox recebeu, nos últimos dois anos, casos de intoxicação por metanol a partir de consumo de combustíveis por ingestão deliberada em contextos de abuso de substâncias, frequentemente associada à população de rua. Contudo, de acordo com a notificação de hoje, a ingestão se deu em cenas sociais de consumo alcoólico, incluindo bares, e com diferentes tipos de bebida, como gin, uísque e vodca. São registros inéditos no referido centro toxicológico. É possível haver outros casos não notificados, uma vez que nem todos os casos de intoxicação chegam aos órgãos de vigilância e controle.

A ingestão acidental ou intencional de metanol leva a intoxicações graves e potencialmente fatais. O cenário de adulteração é particularmente relevante do ponto de vista de saúde pública, pois episódios dessa natureza frequentemente resultam em surtos epidêmicos com múltiplos casos graves e elevada taxa de letalidade, afetando grupos populacionais vulneráveis e exigindo resposta rápida das autoridades sanitárias. Nesse sentido, requer alerta à população, considerando, inclusive, o início do fim de semana, quando há maior frequência a bares e consumo de bebidas alcoólicas.

SAR — O Sistema de Alerta Rápido sobre drogas do Brasil (SAR) é um subsistema do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas — Sisnad, gerenciado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), vinculado ao Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas (Obid).”

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Tags:

gin investigação metanol Polícia

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