INVESTIGAÇÃO POLICIAL
Viúva de petista está surpresa por exclusão de motivação política
O policial penal federal Jorge Guaranho será indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e perigo comum
Por Da Redação
Viúva do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, a policial Pamela Silva se disse surpresa com a conclusão da Polícia Civil do Paraná (PCPR), que descartou a motivação política como a causa do assassinato do marido.
“O fato de ter sido descartada a motivação política pela Polícia Civil foi uma surpresa, pois é um fato notório, público e, inclusive, confirmado”, disse o advogado Ian Vargas, que defende a família de Arruda, ao Portal Metrópoles.
A pretende analisar o relatório da Polícia Civil e protocolar uma requisição para ser assistente de acusação, junto ao Ministério Público do Paraná. “A princípio a defesa entende como contraditório. Relatos e depoimentos dos próprios familiares do atirador confirmam o que sempre foi trazido para a imprensa e para a Polícia Civil: que o atirador esteve no local, profere palavras em referência ao presidente [Bolsonaro] e na sequência faz ameaças. Consta em declaração ainda de que ele estava ouvindo músicas em referência ao presidente e vai até o local, que teria uma festa com a temática do Partido dos Trabalhadores. Não tem como esse fato ser dissociado do retorno dele. Foi intolerância política que provocou esse ato”.
Mais cedo, em coletiva, nesta sexta-feira, 15, a delegada chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Camila Cecconello, afirmou que não há provas de que foi um crime de ódio pelo fato de a vítima ser petista e que o caso não será enquadrado, juridicamente, como crime de motivação política.
Autor do homicídio, o policial penal federal Jorge Guaranho será indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e perigo comum.
De acordo com a delegada, a discussão teria começado por questões políticas, mas a motivação para o assassinato de Arruda teria sido pessoal.
“Não podemos dizer que o autor voltou lá porque ele queria cessar os direitos políticos ou atentar contra os direitos políticos daquela pessoa. Concluímos que foi algo que acabou se tornando pessoal entre duas pessoas que discutiram, claro, por motivações políticas”, argumentou a delegada.
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