Obras analisam relações entre estado e candomblé que têm registros importantes em A TARDE
O poder da Cultura- a disputa simbólica pelos signos da cultura negra no Brasil,do professor titular da Ufba e doutor em antropologia, Jocélio Teles dos Santos, e Corujebó-Candomblé e Policia de Costumes (1938-1976), do também professor da Ufba e doutor em antropologia, Vilson Caetano de Sousa Junior são obras cruciais para quem deseja conhecer questões sobre as relações entre as religiões afro-brasileiras, especialmente o candomblé, e a estrutura do estado baiano. Os dois livros são publicações da Edufba.
No primeiro, Jocélio Teles dos Santos, analisa diversos episódios ocorridos na década de 1970 com destaque para a recepção, em 1975, que o então governador Antônio Carlos Magalhães ofereceu no Palácio de Ondina a filhas de santo de terreiros baianos. Depois do almoço elas ainda passearam pelos jardins da residência oficial.
Já em Corujebó, a análise de Vilson Caetano é sobre os documentos da Delegacia de Jogos e Costumes que exercia fiscalização, controle e ações punitivas contra as comunidades religiosas. Essa função foi extinta em 15 de janeiro de 1976 por meio do decreto nº 25.095 assinado pelo governador Roberto Santos.
Reportagens de A TARDE publicadas na década de 1970 registraram essa mudança na postura do governo da Bahia em relação às religiões afro-brasileiras nas edições de 8 de março de 1975 e 16 de janeiro de 1976. As histórias relacionadas a essas publicações e seus bastidores estarão, neste sábado, 9, na versão para o jornal A TARDE da coluna A TARDE Memória que contextualiza o material que forma o acervo do Cedoc A TARDE. Multimídia, ela está, além daqui do portal e no jornal na rádio A TARDE FM, às sextas-feiras.