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A TARDE Agro

Por José Luiz Tejon

ACERVO DA COLUNA
Publicado segunda-feira, 23 de setembro de 2024 às 9:33 h • Atualizada em 02/12/2024 às 11:21 | Autor: José Luiz Tejon

Fazer o que está na declaração dos ministros do G20 Agro

Confira a coluna A TARDE Agro desta segunda-feira, 23

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Documento do G20 Brasil 2024 tem como título: “Construindo um mundo justo num planeta sustentável”
Documento do G20 Brasil 2024 tem como título: “Construindo um mundo justo num planeta sustentável” -

O documento gerado no Mato Grosso, durante o G20 Brasil 2024, tem como título: “Construindo um mundo justo num planeta sustentável”, onde 84% da extrema pobreza no mundo é rural. Acrescento que nessas circunstâncias se desenvolvem o crime e a ilegalidade ambiental/social, e recrutamentos de facções terroristas por ausência de perspectivas econômicas.

Também onde 2,8 bilhões de pessoas não têm acesso a uma dieta saudável, 733 milhões de pessoas passam fome, a declaração é uníssona com a Aliança Global contra fome e pobreza se voltando para uma coordenação com a agricultura familiar, que reúne cerca de 550 milhões de pequenos agricultores e famílias no mundo, necessitando do desenvolvimento de mercados locais e internacionais.

>>> Fenagro é a grande vitrine agrotropical do Norte-Nordeste

O combate ao desperdício está também na declaração, irrigação, armazenagem e infraestrutura, porém associarmos a pobreza e a fome nas zonas rurais, com o desenvolvimento do mundo e, sem dúvida, desenvolver ali fontes de renda sustentáveis significaria um grande e valoroso enfrentamento e uma causa pela qual vale a pena o engajamento.

A declaração pede coordenação financeira internacional, planejamento estratégico, participação de todos os stakeholders no Committee World Food Security e reconhece a interdependência entre os países, convoca a OMC para regras transparentes de um comércio justo e multilateral, evidencia a palavra “holístico” como um compromisso obrigatório nas ações de todas as cadeias produtivas de suprimentos e trata da segurança alimentar como fundamental para todos.

Quatro prioridades foram estabelecidas na declaração do G20 Agro:

1 – Sustentabilidade da agricultura e do sistema alimentar nos seus múltiplos caminhos; 2 – Melhoramento do comércio internacional contribuindo para segurança alimentar e nutricional do planeta; 3 – Elevar o papel da agricultura familiar como uma ação essencial para a sustentabilidade, resiliência e inclusão social; 4 – Promover a integração sustentável da atividade da pesca, da aquicultura local e nas cadeias globais de valor.

Senti falta de três pontos na declaração:

1 – Não há menção ao sistema cooperativista, por entender que seria o único que poderia viabilizar os anseios acima descritos para os tais 550 milhões de pequenos produtores espalhados no planeta, e os 4 milhões de brasileiros; 2 – Não se tratou do mercado ambiental do carbono que, sem dúvida, virá a ser um “produto” com mais valor do que boa parte das commodities hoje e da remuneração ao índice de saúde embarcado em cada alimento, fruto de sistemas regenerativos; 3 – Não houve correlação dessas ações e investimentos com o crescimento do PIB mundial e sua distribuição per capita, bem como seus efeitos na renda dos cidadãos dos países emergentes e do cinturão tropical do planeta.

Pontos da Carta Magna escrita no Fórum Internacional da Agropecuária estão em total consonância com a declaração dos ministros presentes, onde foi dado uma ênfase ao aspecto do cinturão tropical do planeta Terra como uma zona essencial de desenvolvimento, com competência científica, empreendedora e de recursos humanos brasileiros para servir ao mundo e para a união de todas as agriculturas, numa luta contra a polarização e divisão do mundo, além de investimentos de um capital internacional ao registrar o plano de conversão de 40 milhões de pastagens degradadas em cultivos sustentáveis.

Então só precisa fazer.

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