Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > colunistas > A TARDE SAÚDE
COLUNA

A TARDE Saúde

Por Eduardo Reis

ACERVO DA COLUNA
Publicado Wednesday, 20 de March de 2019 às 18:07 h • Atualizada em 19/11/2021 às 9:43 | Autor: Eduardo Reis

Impotência sexual – o que é e como me livro dela

Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
Dr. Carlos Eduardo Reis esclarece dúvidas sobre a impotência sexual
Dr. Carlos Eduardo Reis esclarece dúvidas sobre a impotência sexual -

O transtorno erétil, antigamente chamado de impotência sexual é a incapacidade permanente de obter ou de manter uma ereção rígida o suficiente para uma relação sexual satisfatória. O transtorno erétil pode ser orgânico ou psicológico, ou uma combinação de ambos, mas, em homens jovens e de meia-idade, a causa é geralmente psicológica.

A maior parte dos homens, em algum momento da vida, teve um problema pontual relacionado a ereção em alguma relação sexual, o famoso broxar. É preciso entender, no entanto, que a ocorrência de um evento esporádico não se constitui em um transtorno erétil e sim em uma disfunção erétil pontual que ocorre durante uma relação sexual.

A ocorrência de problemas relacionados à ereção, há aumento expressivo relacionado à idade, em particular depois dos 50 anos de idade. Entre homens na faixa etária de 40 a 80 anos, 13 a 21% queixam-se de problemas eréteis ocasionais. Em torno de 2% daqueles com idade abaixo de 40 a 50 anos queixam-se de problemas frequentes com ereções, enquanto 40 a 50% dos homens acima de 60 a 70 anos podem ter problemas significativos com ereções.

Cerca de 100 milhões de homens no mundo apresentam disfunção erétil, sendo essa a disfunção sexual mais comum em pessoas após 40 anos. No Brasil mais de 50% dos homens após os 40 anos apresenta problemas desta natureza.

As causas psicológicas estão entre as que mais desencadeiam a disfunção erétil, especialmente quando o paciente é mais jovem. Em momentos de estresse e ansiedade, ocorre um aumento na liberação de adrenalina pelo corpo, que diminui o calibre dos vasos sanguíneos e dificulta a chegada de sangue até o pênis. Portanto, se um homem vive ansioso ou estressado, pode ter sua ereção prejudicada.

Situações que são comumente associadas a disfunção erétil

1. Depressão: a depressão é mais uma causa emocional que pode provocar impotência. Considerada como o mal do século, essa doença tem como sintomas a tristeza profunda e a falta de prazer em atividades que antes o paciente sentia. Dessa forma, ocorre a diminuição e perda de libido, que provoca a disfunção erétil.

2. Problemas vasculares: doenças como a hipertensão, diabetes, colesterol elevado e a aterosclerose, provocam o enrijecimento das paredes dos vasos sanguíneos e interferem na quantidade de sangue que chega até o pênis. Como a ereção depende do fluxo sanguíneo para ser obtida, problemas na circulação podem causar impotência.

3. Desequilíbrio hormonal: os problemas hormonais também são uma das causas da disfunção erétil, sendo as baixas concentrações de testosterona o que mais provoca esse problema. Isso acontece porque o hormônio masculino exerce um papel indispensável na execução de uma boa ereção e, em taxas insuficientes, esse ato é prejudicado.

4. Procedimentos cirúrgicos e radioterapia: algumas cirurgias, especialmente as intestinais ou as realizadas na próstata, podem lesionar vasos e nervos fundamentais para a ereção. Dessa forma, causar a disfunção erétil. Pelo mesmo motivo, os tratamentos radioterápicos realizados na região pélvica (abaixo da cintura), também podem ser os grandes vilões quando o assunto é impotência sexual.

5. Traumas penianos: você certamente já deve ter ouvido sobre a quebra de um pênis. Apesar de estranho, isso realmente pode acontecer. Esse tipo de trauma costuma ocorrer durante as relações sexuais, quando os corpos cavernosos estão repletos de sangue e torna o órgão duro o suficiente para quebrar de maneira semelhante a um osso. Nessa condição, os tecidos internos do pênis são danificados, o que impede que próximas ereções sejam obtidas.

6. Consumo de álcool e tabaco: as bebidas alcoólicas atuam deprimindo o sistema nervoso e, consequentemente, provocam um relaxamento de todos os músculos do corpo, inclusive os penianos. Essa situação impede que uma ereção seja mantida devido à falta de tensão muscular suficiente para exercer o ato. O tabaco atua por meio de alterações definitivas no sistema vascular e, como essa é uma das principais causas orgânicas da disfunção erétil, esse hábito torna-se um potente fator desencadeante de impotência.

Como prevenção das disfunções eréteis devemos saber que manter hábitos saudáveis é o melhor caminho a seguir. Na maior parte das vezes, manter as doenças que provocam disfunção erétil são passíveis de prevenção: Atividade física regular, evitar bebidas alcoólicas, tabaco, drogas, manter alimentação saudável e realizar atividade física regular.

Diferente de problemas eréteis eventuais, a doença caracterizada como transtorno erétil para ser diagnosticado exige pelo menos um dos três sintomas a seguir deve ser vivenciado em quase todas ou em todas as ocasiões (aproximadamente 75 a 100%) de atividade sexual (em contextos situacionais identificados ou, se generalizado, em todos os contextos):

1. Dificuldade acentuada em obter ereção durante a atividade sexual (persistindo por um período mínimo de 6 meses, com sofrimento clinicamente significativo).

2. Dificuldade acentuada em manter uma ereção até o fim da atividade sexual.

3. Diminuição acentuada na rigidez erétil.

Existem condições em que existem que podem justificar a disfunção sexual, neste caso, exclui-se o diagnóstico de transtorno erétil. Dentre estas condições estão uso de medicamentos, transtornos mentais, perturbações graves de relacionamentos e outros estressores ou outras condições médicas.

Em qualquer tipo de transtorno erétil que cause sofrimento e perturbação significativa para a vida da pessoa, o importante é buscar auxílio médico e psicológico. Atualmente os recursos presentes na medicina moderna permite a resolução da maioria, quando não a quase totalidade dos casos.

Dr. Carlos Eduardo Reis de Sousa é Médico e cirurgião-dentista, possui pós-graduação em educação, psiquiatria e medicina do trabalho, mestrado na área de saúde coletiva. É docente de cursos de graduação e pós-graduação na área médica, escritor e palestrante.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Assine a newsletter e receba conteúdos da coluna O Carrasco