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A TARDE Saúde

Por Dra. Cláudia Costa | Fotos: Freepik e Divulgação

ACERVO DA COLUNA
Publicado Monday, 29 de April de 2019 às 13:58 h • Atualizada em 21/01/2021 às 0:00 | Autor: Dra. Cláudia Costa | Fotos: Freepik e Divulgação

Vacinação em reumatologia

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Saiba mais sobre a possibilidade de vacinação em pessoas que possuem doenças reumatológicas
Saiba mais sobre a possibilidade de vacinação em pessoas que possuem doenças reumatológicas -

Vacinar ou não vacinar? Esta é uma pergunta que gera controvérsias em pacientes com doenças crônicas como as doenças reumatológicas e nos que usam medicamentos considerados imunossupressores. As perguntas frequentes no consultório sobre este assunto serão respondidas neste texto.

A intenção de vacinar é fazer com que o organismo produza anticorpos contra um potencial agente causador de doença, sem que o indivíduo tenha a doença. Assim, ao ter contato com bactéria e vírus, seja parte deles, ou nas formas atenuada e inativada, o sistema imune produzirá os anticorpos que promovem a proteção.

As doenças autoimunes atingem 5 a 7 % da população mundial, sendo que as infecções são as principais causas de piora do estado geral, interrupções no tratamento e aumento da mortalidade. Sabendo desta maior suscetibilidade às infecções dos pacientes reumatológicos e imunossuprimidos e que a vacinação é uma medida preventiva de grande impacto na diminuição da ocorrência, complicações e óbitos por estas causas, recomenda-se que o reumatologista avalie o calendário vacinal de seus pacientes e os orientem sobre estas necessidades.

As campanhas de vacinação são realizadas para beneficiar e atingir a maior parte da população, além de priorizar grupos considerados de risco em ter a doença e suas complicações. Quanto maior o alcance da campanha, mais pessoas estarão protegidas e menos estarão transmitindo as doenças. É importante vacinar os contactantes, indivíduos que convivem com os doentes e podem ser responsáveis pela transmissão. Consideramos contactantes pais, irmãos, familiares de convívio próximo, cuidadores e profissionais de saúde.

Vacinas com componentes vivos atenuados são contraindicadas em pacientes que usam medicamentos imunossupressores, incluindo os que usam doses elevadas de corticoide, drogas modificadoras de doença e imunobiológicos. É necessário aproveitar as janelas de oportunidade para realizar as vacinas ou dar um intervalo que varia a depender da medicação, para desta forma reduzir os possíveis efeitos colaterais e dar condições para que o sistema imune atue adequadamente.

As vacinas que causam mais dúvidas são a da gripe (influenza) e febre amarela. A gripe é uma doença infecciosa do trato respiratório, altamente contagiosa, e que em geral, tem evolução benigna, com febre, calafrios, cefaleia, tosse e mialgia. No entanto, a vacina complica principalmente pacientes com outras doenças de base. Seu grande benefício é a capacidade de prevenir pneumonia viral primária ou bacteriana secundária. Ela é feita com vírus inativado, portanto, segura para ser realizada nos pacientes reumatológicos.

Já a vacina de febre amarela é feita com vírus vivo atenuado, sendo portanto contraindicada em pacientes imunossuprimidos. Suas formas mais severas possuem letalidade de aproximadamente 50%. O Ministério da Saúde recomenda imunização da população de risco, exposta ao vírus, residentes ou em deslocamento para áreas endêmicas. Embora tenhamos conhecimento do uso inadvertido por alguns pacientes sem efeitos colaterais graves, é um número pequeno para ampliar esta indicação a todos.

Esclarecidos os pontos acima, nós, reumatologistas, devemos estar atentos à avaliação periódica da vacinação em nossos pacientes. Este, por sua vez, deve questionar sempre, tirar dúvidas antes de se expor seja a vacinação ou a qualquer nova terapia, procedimento cirúrgico/odontológico e associação de medicamentos que eventualmente sejam necessários fazer uso.

Imagem ilustrativa da imagem Vacinação em reumatologia
| Foto: Divulgação
A reumatologista Cláudia Costa tira as principais dúvidas sobre vacinação

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